(Pleno Poder, no Jornal da Paraíba, em 07/10/2022)
Foto: Felipe Lima/TV Cabo Branco
A posição do comunicador Nilvan Ferreira (PL), sobre o segundo turno na Paraíba, ainda não está fechada. O anúncio estava previsto para hoje, mas foi adiado para a próxima segunda-feira, conforme antecipou mais cedo o Blog.
Em entrevista à Rádio CBN hoje pela manhã, Nilvan afirmou que precisou de mais tempo para decidir “com cautela” os rumos que irá seguir e adiantou, também, que não há vinculação entre a sua postura e a do comando do PL na Paraíba.
“A posição de Nilvan é a posição de Nilvan. Não tenho nenhuma vinculação à posição do PL. As coisas do PL, o PL define, que pode não ser a postura de Nilvan. Não tem tido nenhum tipo de diálogo”, disse, referindo-se à relação com o deputado federal Wellington Roberto, presidente do partido.
“Não há nenhuma hipótese de Nilvan votar em João Azevêdo. A gente tem agora ou a opção de votar em Pedro, ou tem a posição de cuidar somente da campanha do presidente e não ter posição definida para o Estado”, acrescentou.
Ao comentar sobre a posição de neutralidade de Pedro sobre a disputa presidencial, Ferreira disse que “incomoda muito, porque essa postura é para nós extremamente importante”.
De olho nas próximas disputas e com um capital político nas grandes cidades do Estado, Nilvan sabe que a decisão terá reflexos mais adiante.
Comentário nosso
Nós éramos dos que achávamos que Nilvan não tinha capital político próprio na capital do Estado e que sua votação nas eleições de 2020 para prefeito da capital eram fruto do apoio de Zé Maranhão. Nilvan, entretanto, mostrou que tem capital político próprio em João Pessoa, sendo o candidato mais votado para governador nas eleições deste ano. E para reforçar este capital próprio nada melhor do que se juntar a Pedro Cunha Lima no segundo turno das eleições deste ano, condicionando este apoio a Pedro a um apoio deste a sua candidatura a prefeito em 2024, quando, certamente, terá pela frente a candidatura de Cícero Lucena ou de Mercinho, que teria o apoio de João Azevedo se este conseguisse suplantar Pedro nas eleições do segundo turno. este ano. (LGLM)