Diferentemente do pastor Sérgio Queiroz, que anunciou apoio à candidatura de Pedro Cunha Lima (PSDB) no segundo turno, o comunicador Nilvan Ferreira (PL) optou pela neutralidade. A posição foi anunciada por ele há pouco na sede da API, em João Pessoa.
No discurso, o ex-candidato a governador justificou a posição alegando fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Para me manter fiel a Bolsonaro, precisava adotar uma posição de neutralidade. Não houve gesto com relação à posição do presidente”, argumentou Nilvan, ao mencionar que Pedro não declarou apoio a Bolsonaro nesse segundo turno.
Na avaliação do comunicador, o apoio recente do senador Veneziano Vital (MDB) à candidatura de Pedro “complicou” a possibilidade de subir no palanque tucano.
Mas cá entre nós: não é difícil imaginar que tenha pesado também, na decisão de Nilvan, a perspectiva de disputar a eleição para prefeitura de João Pessoa em 2024. É que no grupo de Pedro há outros potenciais candidatos, como o deputado Ruy Carneiro (PSC) e o próprio pastor Sérgio Queiroz.
Sem ter a garantia de que seria apoiado pelo grupo daqui a dois anos, Nilvan preferiu não contrariar uma fatia de seu eleitorado, mais alinhada ao presidente, que vinha defendendo a neutralidade. Corre o risco, contudo, de chegar em 2024 isolado politicamente.
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Comentário nosso
Não sabemos o que existe por trás da decisão de Nilvan Ferreira. Ao declarar à imprensa que sua decisão não estava vinculada à decisão do PL de se manter neutro na eleição do Estado no segundo turno, Nilvan deixou entrever a possibilidade de tomar a sua decisão com certa indendência e apoiar Pedro Cunha Lima, mas terminou se conformando com a decisão do partido. O adiamento de seu pronunciamento para hoje deixou a impressão de que iria tentar negociar com o grupo Cunha Lima. Mas parece que os compromissos dos Cunha Lima com Sérgio Queiroz falaram mais alto ,o que terminou convencendo Nilvan a se enquadrar nas ordens do comando partidário estadual. Esqueceu Nilvan que uma vitória de João, vai reforçar nas disputas municipais de 2024, o atual prefeito Cícero Lucena ou alguém do grupo que o vá substituir. De qualquer maneira não acreditamos que a maioria dos eleitores de Nilvan, de origem bolsonarista, termine votando na candidatura lulista de João Azevedo. No mínimo, se absterão ou anularão o voto, mas com isso terminarão ajudando o atual governador. O que não acreditamos que seja este o destino da maioria dos eleitores de Nilvan Bezerra. (LGLM)