(Conversa Política, no Jornal da Paraíba, em 14/10/2022)
O Cabo, assim como fizeram o deputado estadual Wallber Virgulino e ex-candidato a senador, Pastor Sérgio, avaliza esse movimento de escolha de uma candidato, mais próximo ideologicamente, numa etapa na qual há apenas duas opções.
O deputado estadual Cabo Gilberto (PL), eleito deputado federal pela Paraíba com quase 127 mil votos, deve aderir a candidatura de Pedro Cunha Lima (PSDB), nesse segundo turno.
Com esse movimento, deve levar parte do “bolsonarismo raiz” para Pedro. O Cabo, assim como fizeram o deputado estadual Wallber Virgulino e ex-candidato a senador, Pastor Sérgio, acaba avalizando esse movimento de escolha de uma candidato, mais próximo ideologicamente, numa etapa na qual há apenas duas opções.
Nesse caso, Pedro é o nome mais à direita, mesmo não declarando apoio explícito ao presidente Bolsonaro, candidato à reeleição.
Difícil saber qual o efeito real dessa adesão nas urnas, mas, com certeza, o movimento do parlamentar de direita irá gerar um vento de votos para Cunha Lima.
A decisão mostra ainda uma direita conservadora, já órfão de um candidato bolsonarista raiz, dividindo-se.
O deputado federal Wellington Roberto, reeleito com pouco mais de 109 mil votos, presidente do PL na Paraíba, declarou que ele e o partido ficarão neutros. Não conseguiram fala pública de apoio de Pedro ao bolsonarismo.
Por motivo parecido, Nilvan Ferreira, candidato do PL ao governo no primeiro turno, anunciou no início da semana, neutralidade. Alegou que não poderia subir no mesmo palanque ao lado de uma “esquerdista”, nesse caso Veneziano (MDB), ex-candidato ao governo que era apoiado por Lula.
No anúncio falou em lealdade a Bolsonaro e condenou a postura neutra de Cunha Lima.
O fato é que se depender de estímulo, os eleitores de Gilberto, Wallber e Sérgio, já tem uma opção. Os eleitores de Nilvan que esperavam um posicionamento vão ter que decidir sozinhos. Ou não decidir. O que não muito inteligente. Mas vamos ver o que dizem as urnas.