UMA POR DIA… Misael Nóbrega de Sousa, 18/10/2019)
O egípcio Imhotep (2667 – 2648 a.C) é o primeiro médico que se tem registro e que atuava nas “casas da vida”, onde aconteceram os procedimentos que inspiraram a medicina moderna. Naquele tempo, o grande desafio era separar ciência de religião.
As queixas das mulheres, principalmente, sobre concepção, constam no Kahun Gynaecological Papyrus, o mais velho sobrevivente texto médico da história da humanidade, datado de 1.800 a.C.
Todo mundo tem um médico de referência na família.
Eu nasci pelas mãos obstétricas de Dra. Terezinha Gomes. Mas, meu primeiro médico foi mesmo Dr. Fonseca, que tinha um consultório na Rio Branco, em Patos, para onde minha mãe acorria, quando das minhas enfermidades.
A única lembrança dessas idas e vindas, era de um “João teimoso” que tinha em sua sala de espera… De Dr. Fonseca, não guardo qualquer fisionomia, porém o agradecimento pelos rituais de pronto atendimento.
Eu fui uma criança raquítica e cheia de problemas. “Não bota à noite”, disse certa vez minha avó ao observar a moleira funda. E lá se foi minha mãe comigo nos braços, enrolado num cueiro, em busca de salvação.
Quando os médicos desistem, Deus age.
O dia 18 de outubro é dedicado ao médico e, por meio da evolução característica, amparada nos ensinamentos e doutrinas da deusa Hígia; de Hipócrates; de São Lucas, Alexander Fleming; Dr. Fritz, José Pedro da Silva, “O homem que mudou o mundo”; do último Nobel de medicina ou de minha filha Thais, recém-formada… A medicina é a ciência do bem-viver.
– Desejo que não lhes falte amor em todas as consultas, principal remédio de cura e libertação.
Comentário nosso
Quero me juntar aqui à homenagem que o colega Misael faz aos médicos no seu dia. Meu primeiro médico foi Dr. Osman Araújo. Costurou cru, simplesmente porque a anestesia não pegou, um corte que levei na barriga ao cair por cima de um frasco de gasosa que me servia de mamadeira. Tinha cerca de dois anos. Depois ia Dr. Olavo, que me operou de uma pretensa apendicite aguda quando tia dezesses anos, virou o médico de minha família, até poucos anos atrás. O primeiro pediatra que atendeu minha filha mais velha, Liana Clébia, (hoje professora de novos médicos na UFPB) foi Dr. Severino Araújo, por coincidência irmão do Dr. Osman. Dr. Fonseca foi meu professor de Química, no Colégio Estadual. Minha irmã Fátima, hoje aposentada, é médica psiquiatra e meu filho Artur é médico neurocirurgião e sua esposa Dane é dermatologista . Mas nos últimos anos, recorri aos préstimos de Dr. Manoel Barros, meu colega de escritório de advocacia e prático de farmácia, mas melhor do que muito médico dos novos, no diagnóstico de males da saúde e encaminhamento para os especialistas devidos. Não era bamba em diagnósticos como Dr. Ivânio, mas acertava em muitos deles. Assim como dizem do Dr. Ivânio, Manuel Barros parece que tinha certa mediunidade. Todos nós temos um ou vários médicos de família, muito antes de surgir o Programa de Saúde da Família, a maior invenção da medicina recente, na prevenção de doenças. Hoje um dos meus médicos é Dr. Gláucio, filho de Dr. Olavo, e Dr. Kleper Carvalho, filho do meu colega de banco Kléber, cuida de minha vista. Antigamente eram sacerdotes da medicina, (estes de que falo ainda estão entre ele), hoje infelizmente, muitos só pensam em ganhar dinheiro e vivem fugindo dos seus plantões. Que voltem a trabalhar por amor, para merecerem o nosso amor eterno. (LGLM)