O jornalismo tem lado

By | 05/11/2022 7:36 am

(UMA POR DIA… Misael Nóbrega de Sousa em 1/11/22)

Jornalismo tem responsabilidade social. Não é para colocar mais dúvida na cabeça das pessoas, e, sim, esclarecê-las à luz da verdade. O assunto deve ser checado, pesquisado e confrontado. Histórias são contadas com seus absurdos presentes, embora questionados. O jornalismo tem lado. O desafio é apontar o caminho, sem dizer para onde você tem que olhar. É nossa obrigação formar uma consciência crítica e não alienar pessoas. Mostrar as duas versões sem um parcer técnico é jogar uma parte contra a outra. Nós intermediamos os relatos dos protagonistas. E para fugir da parcialidade, convidamos alguém que não é parte interessada. Não há “achismos” no universo da razão, mesmo que esbarre na fronteira da fé. O jornalista conta o que sente, como se fosse “a vista da Nação”. Mostrar o que se passa em uma guerra, sem contribuir com a paz, não é isenção; é falta de compromisso, civilidade e profissionalismo. Jornalismo não existe para desqualificar os valores, costumes, religiões, leis… Existe para cobrar das instituições que se faça justiça; para preservá-los e transformá-los em favor da sociedade, agindo como defensor dos direitos humanos. Não confundamos fatos com notícias. O jornalismo não fabrica fatos, não inventa informações… Os fatos eclodem no seio da sociedade e são publicados na imprensa à partir de relatos das fontes de informação (oficiais e oficiosas) sob comprovação dos dados. É assim que diz a cartilha do bom jornalismo. Não coloque na vala comum uma categoria que ao longo de sua existência é testemunha ocular dos principais acontecimentos deste país, simplesmente, porque não atendeu aos seus interesses pessoais e políticos de momento. Porém, como em toda e qualquer profissão existem os bons e os maus jornalistas. Cabe a você buscar fontes alternativas de informação para avaliar o conteúdo e fugir da padronização e das famosas “barrigadas”, que são as notícias mal apuradas. A notícia é um bicho de sete cabeças que não se esgota em si, quase sempre ressurge com seus significados e intenções que precisam ser explorados com o auxílio da linguagem jornalística, com propriedade intelectual e con o rigor da ética. O jornalista não é bruto, ele tem as suas preferências; só não pode contaminar a notícia para não perder a isenção. Eu não escolhi essa profissão para ser igual, mas para ser diferente. Se erro é por incapacidade, não com a intenção de errar; e conto com as críticas para corrigir-me, visto que devemos buscar melhorar não só como profissionais, mas acima de tudo como pessoas.

 

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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