(UMA POR DIA… Misael Nóbrega de Sousa em 1/11/22)
Jornalismo tem responsabilidade social. Não é para colocar mais dúvida na cabeça das pessoas, e, sim, esclarecê-las à luz da verdade. O assunto deve ser checado, pesquisado e confrontado. Histórias são contadas com seus absurdos presentes, embora questionados. O jornalismo tem lado. O desafio é apontar o caminho, sem dizer para onde você tem que olhar. É nossa obrigação formar uma consciência crítica e não alienar pessoas. Mostrar as duas versões sem um parcer técnico é jogar uma parte contra a outra. Nós intermediamos os relatos dos protagonistas. E para fugir da parcialidade, convidamos alguém que não é parte interessada. Não há “achismos” no universo da razão, mesmo que esbarre na fronteira da fé. O jornalista conta o que sente, como se fosse “a vista da Nação”. Mostrar o que se passa em uma guerra, sem contribuir com a paz, não é isenção; é falta de compromisso, civilidade e profissionalismo. Jornalismo não existe para desqualificar os valores, costumes, religiões, leis… Existe para cobrar das instituições que se faça justiça; para preservá-los e transformá-los em favor da sociedade, agindo como defensor dos direitos humanos. Não confundamos fatos com notícias. O jornalismo não fabrica fatos, não inventa informações… Os fatos eclodem no seio da sociedade e são publicados na imprensa à partir de relatos das fontes de informação (oficiais e oficiosas) sob comprovação dos dados. É assim que diz a cartilha do bom jornalismo. Não coloque na vala comum uma categoria que ao longo de sua existência é testemunha ocular dos principais acontecimentos deste país, simplesmente, porque não atendeu aos seus interesses pessoais e políticos de momento. Porém, como em toda e qualquer profissão existem os bons e os maus jornalistas. Cabe a você buscar fontes alternativas de informação para avaliar o conteúdo e fugir da padronização e das famosas “barrigadas”, que são as notícias mal apuradas. A notícia é um bicho de sete cabeças que não se esgota em si, quase sempre ressurge com seus significados e intenções que precisam ser explorados com o auxílio da linguagem jornalística, com propriedade intelectual e con o rigor da ética. O jornalista não é bruto, ele tem as suas preferências; só não pode contaminar a notícia para não perder a isenção. Eu não escolhi essa profissão para ser igual, mas para ser diferente. Se erro é por incapacidade, não com a intenção de errar; e conto com as críticas para corrigir-me, visto que devemos buscar melhorar não só como profissionais, mas acima de tudo como pessoas.