Profissionais que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), do Município de Patos, estão apontando dificuldades que tem deixado a situação bastante crítica para exercer o serviço de forma adequada e satisfatória para a sociedade.
Nos últimos anos, a maioria dos médicos que fazem parte da regulação, onde se determina o envio de ambulâncias para as chamadas dos casos que deveriam ser de urgência e emergência, que ocorrem pelo número 192, tem adotado o critério de envio para casos que não são, de fato, de urgência e emergência. Diante disso, equipes são enviadas para quase todas as situações, desde casos simples de problemas de saúde e até mesmo banalidades.
O envio para casos banais de saúde tem acarretado a sobrecarga dos profissionais e a deterioração das ambulâncias. Das quatro viaturas que atuam na Unidade de Suporte Básico (USB), apenas três estão funcionando, sendo que uma delas está com validade de uso expirado, sem sistema de ar-condicionado e apresentando limitações mecânicas.
Além disso, a Secretaria de Saúde do Município de Patos decidiu enviar uma ambulância para permanecer no antigo Pronto Atendimento no Bairro Jatobá. Com isso, apenas duas ambulâncias ficam na base central e tem sobrecarregado as equipes pela demanda desproporcional na maioria das vezes. As equipes pedem para que a ambulância seja enviada para o bairro apenas quando a frota estiver completa, mas é ignorada pela secretaria.
Mesmo diante do calor excessivo, que prejudica as equipes do SAMU e mais ainda pacientes em atendimento, a ambulância sem ar-condicionado é utilizada de forma normal e não existe data para a substituição da mesma que já cumpriu o tempo de serviço.
O caso é de conhecimento da Secretaria de Saúde do Município de Patos. Recentemente, o prefeito Nabor Wanderley mudou a direção do SAMU e as coordenações, mas a questão da infraestrutura do serviço é a mesma. Por enquanto, as mudanças se deram apenas na pressão exercida aos profissionais que cumprem plantões.
A Secretaria de Saúde do Município de Patos está planejando uma reforma no prédio do SAMU e a melhoria na infraestrutura e nos equipamentos, no entanto, sem data para ocorrer.
Comentário nosso
O mau funcionamento do SAMU prejudica a população como um todo, mas, principalmente os menos privilegiados. O rico tem o próprio veículo para se deslocar. E o pobre fica dependendo do SAMU. Mas isto não é motivo para tentar atender indiscriminadamente, com o que termina se deixando de atender os casos de urgência e emergência, já que o equipamento é insuficiente para todos. A regulação existe para que os meios insuficientes seja aproveitados da melhor forma possível. O SAMU só deveria até os casos mais simples se tivesse ambulâncias e servidores sobrando. Aí sim. Atender indiscriminadamente é demagogia que termina prejudicando quem passa por urgência ou emergência. (LGLM)