(Damião Lucena, jornalista e historiador, no Capítulo XII, do livro Patos de todos os tempos*)
A primeira vereadora de Patos foi Maria Esther Sátyro Fernandes, que nasceu em Teixeira, em 19/08/1919, filha de Sebastião Francisco Fernandes e Emília Sátyro Fernandes, irmã de Maria Alice, Umberto, Amaury, Terezinha e Flávio. Fez a alfabetização com os seus pais, depois estudou com a professora Nelita Nóbrega de Queiroz, antes de ser preparada para o exame de admissão pela exímia docente Maria Eudócia de Queiroz Fernandes. Com a transferência do seu genitor para a cidade de Fortaleza, originada de perseguição política, Maria Esther foi matriculada no Colégio da Imaculada Conceição, dirigido por irmãs de caridade, tendo entre as suas colegas as escritoras: Cândida Maria Santiago Galeno e Maria Ancilon Gondim, além de Olga do Monte Barroso que foi casada com o ex-ministro Parsifal Barroso. Terminado o curso pedagógico e com a volta da família para Patos, foi nomeada professora e designada para o Grupo Escolar Rio Branco, onde atingiu os cargos de secretária e diretora pelo período de seis anos. Por intermédio do amigo e então deputado José Cavalcanti conseguiu ser efetivada no Ginásio Diocesano de Patos, secretariando o seu diretor monsenhor Manuel Vieira, onde permaneceria por dez anos.
Em 03 de outubro de 1955, Maria Esther conseguia quebrar a barreira enfrentada pelo movimento feminista, oportunidade em que era eleita vereadora de Patos, com 271 votos, assumindo a função em 30 de novembro daquele mesmo ano. A sua primeira atitude fora o posicionamento contrário a um aumento aprovado pelos colegas, autorizando a tesoureira, Maria da Guia Vieira, a rateá-lo com os necessitados. Maria Esther Sátyro Fernandes destacava o Instituto Dom Mata, como o seu feito de maior gosto. Mais tarde conseguiu ser aprovada em primeiro lugar no concurso promovido pelo IAPI, tendo sido convocada juntamente com a amiga Euzari Lacerda, onde prestou dez anos de trabalho intenso até a aposentadoria. Maria Esther faleceu no domingo, 15 de maio de 2005, em João Pessoa, e foi sepultada no dia seguinte, em Patos.
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