Depois do Hospital Metropolitano de Santa Rita, PB Saúde vai administrar também o Hospital Edson Ramalho (II)

By | 11/06/2023 5:41 am

(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 06/06/2023)

A recuperação do serviço público nos três níveis, passa por uma mudança completa na maneira de recrutar os servidores públicos.

Todos eles devem continuar a ser recrutados através de concurso público. É a única maneira de se fazer uma seleção. Mas o concurso público deve ser seguido de testes de aptidão e de capacidade de exercer a função, um período de experiência e avaliações periódicas, no mínimo anual, para verificar se o servidor continua atendendo as necessidades do serviço público.

A forma de contratação pode ser de duas maneiras. Ou se cria um regime celetista para o servidor público administrativo, ou se cria uma série de empresas públicas, também com o regime celetista, nos quais os servidores possam ser avaliados e, se não mais preencherem as condições para o exercício dos respectivos cargos, possam ser dispensados, recebendo os direitos trabalhistas a que fizerem jus.

O regime estatutário deve continuar existindo no serviço público, apenas para as carreiras típicas de estado, para as quais sejam imprescindíveis as garantias constitucionais que o regime garante. Mas a estabilidade, por outro lado, tem sido o grande responsável pela acomodação dos servidores efetivos que têm causado a degeneração de parte do serviço público.

Estados e municípios têm recorrido a um caminho paliativo, qual seja a contratação de empresas para a prestação de determinados serviços, como limpeza, conservação, segurança, portaria e outros. Este tipo de contratação a nosso ver, só tem servido aos interesses de algumas lideranças políticas beneficiadas com contratos dirigidos e permitindo a contratação de trabalhadores que atendam aos seus interesses eleitorais.

A União tem usado uma alternativa interessante que é a criação de empresas públicas, como a EBSERH, que tem se encarregado da administração dos hospitais universitários, usando o recrutamento através de concurso público e o regime celetista, para permitir a dispensa dos que não estejam servindo as necessidades da empresa.

A Paraíba avançou com a criação da PB Saúde que já vem administrando o Hospital Metropolitano de Santa Rita e agora passa a administrar o Hospital Militar Edson Ramalho. Esta é a nosso ver a alternativa correta para a área de saúde e que deve se estender aos demais hospitais e postos de Saúde do Estado.

Na área de Educação, a Paraíba está contratando empresas para lhes fornecerem prestadores de serviços nas escolas, mas o caminho a nosso ver seria uma empresa semelhante à PB Saúde para fornecerem auxiliares de serviço, merendeiras, vigias e outros servidores administrativos às escolas.

Esta é a única forma de combater a acomodação de determinados segmentos do serviço público, que não querem mais fazer nada, justamente, porque se sentem estáveis e seguros, na condição de efetivos.

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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