Antônio Coelho infomou que foi procurado pelo superintendente e o mesmo disse que o prefeito Nabor não havia gostado da fala, por esse motivo, teria que exonerá-lo do cargo
A edição do Diário Oficial do Município desta segunda-feira, dia 31 de julho, trouxe uma surpresa. O superintendente da STTRANS, Elucinaldo Laurindo, exonerou o agente Antônio Coelho do cargo de Coordenador de Educação para o Trânsito da autarquia.
A exoneração veio horas após uma polêmica envolvendo a fiscalização de veículos irregulares através do sistema de videomonitoramento, onde segundo Antônio Coelho, o órgão passaria a autuar e multar veículos com licenciamento em atraso, após mudanças no Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
Já Elucinaldo, por sua vez, informou que que para iniciar esse tipo de fiscalização é necessário que o DETRAN faça uma atualização no sistema de lançamentos de multas e autuações, algo que não houve, por isso, não iria acontecer.
O imbróglio acabou gerando diversos comentários da população nas redes sociais.
Para o lugar de Antônio Coelho, Elucinaldo nomeou a agente Paula Ryanne Mamede de Lira para ocupar o Cargo de Provimento em Comissão de Coordenador de Educação para o Trânsito, podendo acumular com o Cargo de Provimento em Comissão de Coordenador do Núcleo de Planejamento e Transporte.
Sobre a decisão, o Patosonline.com conversou com o agente de trânsito Antônio Coelho e o mesmo informou que sua fala acerca da fiscalização foi baseada em algo totalmente técnico, de acordo com as normas da legislação de trânsito, válido em todo o país.
“Eu, na condição de educador, de orientador, tenho que explicar a norma, goste ou não a norma tem que ser esclarecida. Veja, uma pessoa que não vai ser autuada em Patos, vai ser autuada em outro lugar do Brasil, porque isso é nacional”, comentou.
Antônio Coelho infomou que foi procurado pelo superintendente e o mesmo disse que o prefeito Nabor não havia gostado da fala, por esse motivo, teria que exonerá-lo do cargo.
“Ontem a tarde o superintendente Elucinaldo disse que Nabor ficou muito irritado, disse que publicamente não foi bom para ele. Eu sou um agente de trânsito dedicado à STTRANS, à funcionalidade institucional da autarquia, não importa em que situação esteja, eu tô lá servindo a sociedade patoense na minha função do concurso público que fiz para ser agente de trânsito”, disse Antônio Coelho.
Comentário nosso
Injusta e politiqueira a demissão de Antonio Coelho da função de Coordenador de Educação para o Trânsito da STTRANS. Ele fez um comentário sobre uma novidade da lei que interessa a todo mundo. Não fez nenhum crítica à STTRANS, só explicou a novidade introduzida pela lei. Quem escapar da fiscalização municipal, pode amanhã ser pilhado pela fiscalização estadual ou federal e a culpa será de quem não o educou com relação ao assunto, já que ninguém pode alegar desconhecimento da lei para desobedecê-la. A lei é federal e a STTRANS está obrigada a cumpri-la. Devendo se adequar para exercer na plenitude a sua função. Elucinaldo deveria ter resistido à pressão do prefeito. Deveria entregar o cargo. Antônio Coelho fez o que era correto. Errado está Nabor se induziu Elucinaldo a tomar a decisão de exonerar Antônio Coelho. Os dois estão descumprindo a legislação ao esnobá-la e contrariá-la. Ambos mostraram despreparo para a função pública. Antônio Coelho tentou minimizar a injustiça de sua exoneração, mas não se queimar junto ao chefe e o prefeito, mas a injustiça não se justifica. Elucinaldo está tentando tirar “o dele da seringa”, mas tenho certeza do que sabe o que é prevaricação. E eu ainda conheço muitos bacharéis em Direito que também sabem o que é prevaricação. Só que há interesses políticos envolvidos na questão. Temor de se indispor com centenas, ou talvez milhares, de proprietários de veículos que estão com os emplacamentos atrasados e se sentiram ameaçados com a possibilidade de novas multas, agora com base no videomonitoramento. Mas muitas multas serão lavradas daqui até as eleições, pois os agentes estão obrigados a lavrá-las sob pena de prevaricação. (LGLM)