Misael Nóbrega de Sousa, jornalista
A cidade de João Pessoa não me viu nascer, mas me conhece desde pequeno. Fui batizado nas águas de Tambaú e no bairro de Manaíra me fiz menino. Quase todas as férias de minha vida, eu passei ali. Era de minha tia, a casa em que “veraneava”… Já fui na pesca da baleia, quando ainda existia; no farol do Cabo Branco, na Ponta do Seixas; em Camboinha, no Bessa, em Intermarés… Ali próximo, em Cabedelo, vi o por do sol do Jacaré; as praias… Que alegria! João Pessoa com sua noite estrelada, com seu doce ar de sereno a vigiar as madrugadas; um mar tirando lascas do tempo, e por trás do hotel histórico escrevendo meu nome na areia… O lual na Praia do Poço a iluminar os beijos adolescentes. Um calçadão de turistas; a Feirinha de Artesanato; João Pessoa de terra enriquecida, dos filhos nunca esquecida, de matas e coqueirais; quando volto a João Pessoa vejo o vento brincando como uma criança nua, para depois sumir pela rua principal de Tambaú; essa rua que rasga a praia e que por si, é tão formosa, e que me enche de saudade… “esse verde que chega a doer das águas de Tambaú se você me deixa, eu me arretiro não brigo contigo, bem longe irei chorar…” Os pés de jambo; no centro, a Lagoa; a Epitácio Pessoa, a Praça da Independência, a Festa das Neves, a cidade antiga, o Teatro Santa Rosa, a Bica em Tambiá. Em João Pessoa depois eu morei, e estudei, e trabalhei… E penso que eu também sou de lá. Parabéns, capital de todos os paraibanos pelos seus 438 anos… E por tantas histórias que ainda temos pra contar.