Através de sua assessoria, o ex-prefeito de Patos, Lenildo Morais, repudiou a concessão de título de cidadão patoense ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e pediu ao prefeito do município que revogue a decisão
Em texto distribuído à imprensa neste domingo (27), através de sua assessoria, o ex-prefeito de Patos, Lenildo Morais, repudiou a concessão de título de cidadão patoense ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e pediu ao prefeito do município que revogue a decisão. O projeto foi aprovado na Câmara na última quarta-feira (23). A Lei 5.993/2023, de 14 de agosto de 2023, foi sancionada pelo prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos).
Confira abaixo o material enviado por sua assessoria:
Em suas redes sociais, Lenildo repudia o ato e solicita ao prefeito Nabor Wanderley que ele revogue a decisão: “Ele que é um homem sensível e sabe diferenciar o que os governos Lula e Dilma trouxeram de avanços para o Brasil, além de ter ciência do negacionismo de Bolsonaro”, falou.
Lenildo destacou ainda que a cidade não possui uma única obra do governo Bolsonaro e destacou a omissão nos principais setores do município.
“Conceder esse título é manchar a história da cidade. É um verdadeiro absurdo dar uma horária a um ex-presidente que negligenciou o país. É vergonhoso. A cidade de Patos não recebeu nenhum obra significante, nem o suporte necessário nas áreas. Não houve investimento na saúde, educação, segurança e a cultura foi esquecida”, declarou.
Lenildo disse ainda que a eleição presidencial de 2022 na cidade de Patos deu vitória majoritária pela candidatura de Lula, com uma diferença significativa de votos em relação a Bolsonaro.
“Em 2022, Bolsonaro foi derrotado pelo presidente Lula nos dois turnos. Lula obteve 33.579 (64,01%), só no primeiro turno, contra 15.475 (29,50%) de Jair Bolsonaro. No segundo turno, Patos deu vitória a Lula com 34.464 (66,32%), contra 17.506 (33,68%) ao inelegível”, repudiou Lenildo.
A concessão é uma das maiores honrarias da cidade e tem divergido opiniões. Para a maioria dos cidadãos e cidadãs de Patos, a homenageam representa uma afronta, tendo em vista que a cidade votou contra a permanência de Bolsonaro na presidência.
Lenildo Morais atualmente é diretor da maior Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), maior empresa pública de abastecimento da América Latina e, portanto, tem mostrado o desastre que a última gestão deixou a companhia e todo esforço para reconstruir o Brasil.
Além do descaso nas principais áreas, Bolsonaro declarava abertamente suas políticas contrárias à ciência, aos direitos das mulheres, aos direitos dos negros, aos direitos dos pobres, aos direitos dos LGBTQIA+, aos direitos das crianças, aos direitos dos velhos e, principalmente, aos direitos humanos.
“Só este breve histórico de Bolsonaro já indicaria o descalabro de entregar a ele o título de cidadão honorário da cidade, sem contar sua histórica ligação com as milícias e com a capacidade de lesar os cofres públicos, como provam os últimos acontecimentos envolvendo ocultação e venda de joias que deveriam estar tombadas e preservadas como patrimônio da União”, disse Lenildo.
VALE RELEMBRAR
Incontestavelmente, os governos progressistas do Partido dos Trabalhadores deixaram legados em Patos. Diferente dos anos de trevas de Jair Messias, nos governos Lula e Dilma e gestão de Lenildo Morais, as coisas progrediram no município. Listamos a seguir algumas das conquistas durante os governos do PT:
-SAMU
-UPA do Campo da Liga
-Instituto Federal
-Farmácia Popular
-Residencial Itatiunga (Foram mais de 1000 casas populares)
-Bolsa Família (15 mil famílias beneficiadas em Patos)
-Pavimentação viária nas ruas de Patos
-Reforma de todos os Postos de Saúde do município
-Hospital do Bem, em parceria com o Governo do Estado.
Esses são legados deixados pelos governos Lula e Dilma, dentre tantas outras ações que beneficiaram a cidade de Patos.
Comentário nosso
Não é novidade para ninguém que o projeto tenha sido iniciativa de Josmá. Cada um dá o que tem. Mas esperávamos mais compostura dos demais. Sobre o fato de Nabor ter promulgado a lei, quando poderia ter deixado aquilo para a própria Câmara (Quem pariu Mateus, que balance), como a Lei Orgânica do Municipio permite, foi a oportunidade de ele mostrar sua falta de respeito para com a população de Patos, que por imensa maioria repudiou Bolsonaro nas eleições. E mostra também a sua dimensão, o que não é novidade para ninguém. É “farinha do mesmo saco” que a maioria dos nossos vereadores que lhe têm sido subserviantes a não poder mais. (LGLM)