(Pleno Poder, no Jornal da Paraíba, em 06/05/2024)
A Executiva Nacional do PT decidiu, mais uma vez, adiar a definição sobre a tática eleitoral que será adotada pelo partido em João Pessoa nas eleições deste ano. O grupo devolveu para o Diretório Nacional a missão de decidir sobre o tema.
O adiamento frustra os petistas paraibanos. Tanto aqueles que defendem a apresentação de uma candidatura própria, quanto quem quer uma aliança com o prefeito Cícero Lucena (Progressistas).
Eles dizem que a indefinição tem prejudicado, sobretudo, os pré-candidatos da chapa proporcional – que irão disputar vagas na Câmara pessoense.
A demora na escolha da tática contribui, também, para o fortalecimento da tese daqueles que defendem a união com Cícero já no primeiro turno. É que com o passar dos dias o partido vai vendo a consolidação de outras pré-candidaturas, em outros partidos. Enquanto a legenda continua discutindo internamente…
Em entrevista hoje à Rádio CBN, o presidente estadual do partido, Jackson Macêdo, afirmou que a decisão considerará os cenários de outras capitais brasileiras, como Curitiba, Recife e Rio de Janeiro. O PT parece temer manchetes negativas nas capitais, em caso de insucesso nas urnas.
A realidade paroquial, contudo, mostra um partido que tem nomes competitivos, recursos e que tem pontuado bem nas pesquisas internas; mas ainda assim resiste a tentar ser protagonista, correndo o risco de ter de se contentar em continuar a reboque de outras legendas na Capital.
Comentário nosso
Se o PT deixar de concorrer à Prefeitura de João Pessoa para se atrelar à candidatura de direita de Cícero Lucena, leva o partido ao ostracismo e faz o jogo oportunistas de algumas lideranças que ao invés de partirem para a luta, só querem “se arrumar”. Ou seja, o partido se “mesmiza” com relação à política oportunista que grassa no país. Enquanto Lula se enterra, o partido se enterra com ele. (PT)