PB Agora, 12.07.24)
Partidos podem ter ainda mais recursos para financiamento de campanha | Foto: Reprodução/Ranking dos Políticos
Um dado passou despercebido pela maior parte da população brasileira na aprovação nesta semana do texto-base da Reforma Tributaria, quando esta foi aprovada na Câmara dos Deputados por 344 a favor, 89 votos contra e quatro abstenções. Num dos pontos do texto, que ainda vai ser levado ao Senado, apenas dois deputados federais paraibanos dos 12 votaram contra a medida que ‘perdoa’, supostas irregularidades até então puníveis junto aos recursos dos fundos partidários.
Ainda segundo o texto, não incidirão sanções de QUALQUER NATUREZA, inclusive de devolução e recolhimento de valores, multa ou suspensão do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral, nas prestações de contas de exercício financeiro e eleitorais dos partidos políticos que se derem anteriormente à promulgação desta alteração de Emenda Constitucional. Fica também permitida a arrecadação de recursos de PESSOAS JURÍDICAS por partido político, em qualquer instância, para quitar dívidas com fornecedores contraídas ou assumidas até agosto de 2015.
Os dados iniciais, apontam para um perdão aos partidos políticos da ordem de R$ 23 bilhões. Apenas dois partidos ´fecharam questão´ contra citada PEC: Novo e Psol.
Apenas dois deputados paraibanos votaram contra o ´perdão de mãe´ viabilizado pela PEC: Luiz Couto (PT e Cabo Gilberto Silva (PL). Aguinaldo Ribeiro (PB): não votou. Votos a favor: Damião Feliciano (União), Eliza Virgínia (PP), Gervásio Maia (PSB), Hugo Motta (REP) – um dos autores dessa PEC -, Leonardo Gadelha (Podemos), Murilo Galdino (REP), Romero Rodrigues (Podemos), Wilson Santiago (REP) e Wellington Roberto (PL).
Comentário nosso
Apenas dois deputados paraibanos contraram contra a anistia de responsáveis por irregularidades cometidas na aplicação do Fundo Partidário. Por ironia um da esquerda outro da extrema direita: Luiz Couto, do partido de Lula, e Cabo Gilberto, do Partido de Bolsonaro. Aguinaldo Ribeiro ficou em cima do muro, não votou. Os outros nove votaram a favor: Damião Feliciano (União), Eliza Virgínia (PP), Gervásio Maia (PSB), Hugo Motta (REP), Leonardo Gadelha (Podemos), Murilo Galdino (REP), Romero Rodrigues (Podemos), Wilson Santiago (REP) e Wellington Roberto (PL). Um deles foi um dos autores do projeto. O “filhinho de papai” Hugo Motta “que nunca deu um prego numa barra de sabão”.
PS – Na votação em segundo turno, o bolsonarista Cabo Gilberto “cagou na rabichola” e votou a favor da maracutaia. Contra mesmo só Luiz Couto do PT. (LGLM)