(Misael Nóbrega de Sousa, jornalista, professor e poeta)
A decisão de um prefeito reeleito tirar licença, sem explicação, logo após as eleições municipais, levanta preocupações significativas.
Por exemplo, o afastamento foi comunicado e aprovado pela Câmara de Vereadores?
Como representante eleito, o prefeito tem responsabilidades que não podem ser deixadas de lado sem justificativas formais e sem que a Câmara esteja ciente da ausência.
O processo busca garantir que a licença seja transparente e que a administração pública continue funcionando adequadamente, geralmente com o vice-prefeito assumindo temporariamente o cargo.
Além disso, fica a dúvida se haverá desconto salarial durante esses dias de passeio. Afinal, os cidadãos pagam impostos para que a administração funcione em benefício da comunidade e, nesse sentido, é inadmissível que recursos públicos financiem as “férias” do prefeito.
A descontinuidade dos serviços municipais também é outro ponto crítico.
A presença do prefeito é frequentemente necessária para dar celeridade a processos, decisões e atendimentos essenciais para a população.
Quando o gestor se ausenta, o trabalho de toda a equipe administrativa pode ser impactado, retardando obras, suspendendo serviços e criando uma sensação de abandono.
Com a licença não justificável o prefeito perde uma oportunidade crucial de mostrar comprometimento e respeito pelos votos dos cidadãos, que esperam uma gestão ativa e responsável.
Quando a população reconduz um prefeito ao cargo, quer que ele demonstre ainda mais responsabilidade e proximidade com os eleitores e não que se afaste, sem justa causa, prejudicando sua governabilidade e imagem pública.