O governador reeleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), informou hoje à noite que deverá fazer uma reforma administrativa ainda este ano. A declaração foi dada em entrevista ao programa Conexão Master, da TV Master. “Posso e devo fazer [a reforma]. Vou começar um diálogo com os partidos e buscar cada vez mais qualificar o governo. Quero fazer isso o quanto antes para que no dia 1º de janeiro não assuma um monte de pessoas e para que tenhamos uma transição tranquila”, disse o socialista.
Com uma base estimada atualmente em 15 parlamentares, o governador concordou com a tese divulgada hoje por Estela Bezerra sobre a substituição de Ricardo Marcelo no comando do legislativo. Ele foi comedido em relação à quantidade de membros de seu bloco de apoio: “O que Estela disse foi coerente. O que se esperaria dela? Que pregasse a continuidade de uma política de confronto? De uma política que gerasse R$ 48 milhões de prejuízo para o contribuinte no caso do empréstimo da Cagepa? É normal que se pregue isso, mas quem deve responder é ela. Eu concordo com ela nos meus limites porque não interfiro nos destinos da Assembleia. Posso dizer que temos uma boa base, mas eu não faço essas contas. Não tive condições ainda de pensar no líder, mas posso dizer que respeito a autonomia dos poderes. As declarações que dei sobre a Assembleia foram em reação a uma série de confrontos”, afirmou.
Outro tema abordado por Ricardo Coutinho foi o eventual terceiro turno, com o ajuizamento, pela Coligação “A Vontade do Povo”, de ações contra sua reeleição, apontando abuso de poder. ” Acho que eles têm é que ir atrás de voto. Eu nunca tive caminhonete cheia de dinheiro e ninguém deu essa notícia. Se alguém cometeu ilícito, bastar ir à polícia consultar de onde saíram todos os crimes eleitorais. Não tem um da nossa coligação. Deputado, cesta básica com adesivo de deputado… eu nunca vi isso na minha vida. Então, esperem quatro anos para disputar uma eleição de novo. E vir falar em Aije. Aije temos nós! A polícia foi autônoma e não submissa. O infrator foi se dizer afrontado pela polícia que não deixou ele cometer o crime. Eu parabenizo a polícia por ter dado uma demonstração de organização, respeito. As polícias merecem todo o reconhecimento da população”.
Comentário do programa – É normal que Ricardo faça uma reforma administrativo. É lógico que quem o ajudou a vencer o ajude a administrar pelos próximos quatro anos, a não ser que “passe as mãos pelos pés”. (LGLM)