Lava Jato não é “terceiro turno eleitoral”, diz ministro da Justiça (*)

By | 15/11/2014 7:24 pm

(Uol Online)

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou neste sábado (15) o que chamou de “politização” das investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. “Há aqueles que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral. Não perceberam que o resultado das urnas já foi dado”, afirmou.

         “A investigação não é terceiro turno eleitoral. As pessoas não podem levar para o foro político possíveis crimes que foram cometidos. Se ‘eleitoralizarmos’ a investigação, a colocamos em cheque”, disse o ministro.

         Na sexta-feira, a PF prendeu 19 executivos, entre eles três presidentes de empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT. A ação investiga o maior esquema de corrupção da história da estatal, que teria desviado recursos para políticos que apoiam o governo Dilma Rousseff.

         Após a operação, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputou e perdeu as eleições presidenciais este ano, afirmou que “muita gente está sem dormir em Brasília”, e que as novas prisões da Lava Jato levam o escândalo para cada vez mais perto de dentro do governo da presidente.

         O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse que está envergonhado por ser brasileiro. “Como brasileiro, eu tenho vergonha. Tenho vergonha de falar sobre o que esta acontecendo no Brasil”, disse FHC.

         Cardozo determinou que a Polícia Federal abra uma sindicância para investigar delegados envolvidos na Lava Jato que teriam atacado o PT e elogiado Aécio.

         Os policiais teriam usado redes sociais durante a campanha eleitoral neste ano para elogiar o candidato tucano e atacar o ex-presidente Lula e Dilma, que disputava a reeleição.

         “Isso é necessário para que se ateste a lisura da investigação. Para que depois provas não sejam anuladas e o resultado seja comprometido”, disse. “Isso não é tentar influenciar as investigações, é preciso garantir que paixões pessoais não atrapalhem o a operação”.

         Segundo Cardozo, “não importa se quem é envolvido é ligado ao governo ao à oposição, se tem dinheiro ou não. Todos são iguais perante a lei”. “Não iremos usar a operação para atacar adversários ou inocentar amigos”.

         O ministro afirmou que o governo deseja que “tudo seja esclarecido”, e que a orientação da presidente Dilma Rousseff é de “investigar tudo o que há de irregular”.

         Cardozo também descartou uma crise no governo devido aos rumo da operação: “Temos a consciência tranquila. Não há crise, tudo será investigado”.

Comentário do programa – Infelizmente não temos um terceiro turno. Para quem votou pela permanência dos responsáveis pelas maracutaias que se apuram restam quatro anos de arrependimento. E o teste de votar em Lula em 2018. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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