Hospital Regional de Patos tem superlotação (*)

By | 13/12/2014 9:51 pm

(Walter Miro – Jornal da Paraíba)

O Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro, em Patos, no Sertão, realizou 6.383 atendimentos no mês de novembro, número que supera a média mensal da unidade hospitalar, que é de cinco mil registros. O aumento da demanda ocasionou problemas de superlotação e falta de material para os atendimentos. Outro problema relatado por operadores do Hospital Regional foi o atraso nos salários.

A diretora do hospital, Hígia Lucena, afirma que parte dos atendimentos poderiam ser realizados em unidades de saúde menores. “Nós prestamos serviços para mais de 80 cidades da Paraíba, além de algumas de Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Lamentavelmente, muitas ocorrências poderiam ser resolvidas em unidades de saúde e menores hospitais, mas por prestarmos um atendimento de referência, eles acabam nos procurando, mas nós orientamos principalmente os secretários de saúde das cidades da região a tentarem normalizar as ocorrências antes de nos procurarem”, afirmou.

Denúncias de profissionais da unidade hospitalar apontavam a falta de luvas, soro, fraldas, seringas e medicamentos por causa da superlotação. No entanto, a diretora Hígia Lucena afirmou que ontem o hospital recebeu uma nova remessa de material que vai suprir a necessidade do local até junho de 2015. Já em relação ao atraso nos salários dos funcionários no mês de novembro, a diretora afirmou que o pagamento foi realizado ontem. A diretora ainda desmentiu a falta de macas ou cadeiras citada por funcionários do hospital.

Do total de leitos do Hospital Regional de Patos, 120, 36 deles são destinados ao setor de ortopedia. E geralmente, segundo a diretora do hospital, eles estão ocupados por vítimas de acidentes de moto. O mês passado apresentou 372 atendimentos de vítimas de acidentes de trânsito, dados dos meses anteriores não foram disponibilizados pela assessoria de imprensa.

Comentário do programa – A questão do congestionamento em hospitais de referência hoje é comum em todas as regiões do Estado. Mas no centro do problema está a falta de assistência nos municípios. Muitos casos que poderiam ser resolvidos nos próprios municípios são levados para os hospitais de referência o que termina causando o caos nestes locais. E na base do problema está uma questão financeira. Pela legislação, os hospitais de referência deveriam receber um repasse financeiro por cada paciente remetido pelo município. Como ninguém repassa este dinheiro para os hospitais, é muito cômodo para as prefeituras levarem seus pacientes para o Hospital Regional. Se a prefeitura de Patos, por exemplo, fosse obrigada a fazer o repasse para o Hospital de todo paciente que mandasse para lá, pensariam duas vezes antes de transferir um paciente. Muito melhor do que recriar a CPMF era o Governo Federal exigir o cumprimento da legislação e obrigar os municípios a remunerarem o atendimento que os hospitais de referência dessem aos seus pacientes. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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