Oposição diz que Dilma é ‘escapista’ ao falar da Petrobrás

By | 03/01/2015 7:36 pm

(Folha da sexta)

O discurso feito pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) em sua cerimônia de posse no Congresso Nacional foi criticado como “pouco confiável” e “sem substância” por lideranças de oposição ao governo federal.

Segundo elas, ao dizer que defenderá a Petrobras de “predadores internos e de inimigos externos”, a petista adotou um discurso “escapista”, sem reconhecer que sua administração tem também responsabilidade pelo escândalo na empresa estatal.

“A frase é demagógica, da boca para fora. Não existem inimigos internos ou externos da Petrobras, mas corruptos indicados pelo PT”, criticou o presidente nacional do DEM, Agripino Maia. “Dá um tom de insinceridade ao discurso dela”, acrescentou.

Para o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, os verdadeiros inimigos da empresa estatal são a presidente e o seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Não há inimigo externo. Não vejo nenhuma potência externa querendo prejudicar a Petrobras. Não existem piores inimigos que Dilma, Lula e a gangue”, criticou.

Na avaliação do líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA), ao culpar “predadores internos” pelo escândalo de corrupção, a presidente “finge esquecer” que participou de decisões da empresa estatal –a petista fez parte do Conselho de Administração da empresa no governo Lula.

“Parece patológico a presidente agora falar em corrigir erros na Petrobras e reconhecer tardiamente que a empresa foi assaltada, como se não tivesse ela própria participação e responsabilidades relevantes nos últimos doze anos da empresa estatal”, criticou, por meio de nota.

Para o líder tucano, a sociedade assistiu à posse de uma presidente “desacreditada”, “desorientada” e “sem foco”. “Nem ela mesma acredita naquilo que diz, como indicou a leitura sem entusiasmo de um discurso artificial e carente de conteúdo”, criticou.

O discurso feito pela presidente de que a área da educação será a prioridade de seu novo mandato também foi visto com ressalvas por dirigentes oposicionistas.

Na avaliação de Agripino Maia, a defesa feita pela petista é tardia e deveria ter sido encampada antes, nos últimos quatro anos.

“Por que ela não fez antes? A presidente faz uma avaliação como se tivesse assumido agora o governo federal. É um elenco de enunciados de intenção”, criticou.

Para Alberto Goldman, a petista deveria ter detalhado melhor o que pretende fazer para melhorar a qualidade do ensino público no país.

“É preciso dizer como fazer e o que fazer, não basta dizer que a educação é essencial. As frases assim caem no vazio, não dão impacto, porque não têm substância. É um governo perdido”, observou.

Segundo Imbassahy, o discurso de Dilma na posse é “ambíguo” e “dissonante” da realidade do país. “Quem ainda tinha esperança em um suposto governo novo certamente teve a sua definitiva frustração”, afirmou.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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