Cássio entra com Ação de Impugnação de Mandato Eletivo contra Ricardo Coutinho (*)

By | 10/01/2015 4:31 pm

A Coligação A Vontade do Povo, encabeçada pelo então candidato ao governo, senador Cássio Cunha Lima (PSDB), ingressou nesta quarta-feira (07), no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), com uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) contra o governador Ricardo Coutinho (PSB) e a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) por uso da máquina pública com fins eleitoreiros.

A ação foi aberta com base nas provas apuradas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que embasaram a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) ingressada em dezembro do ano passado, na qual os procuradores regionais eleitoral, Rodolfo Silva e Victor Veggi, pedem a cassação do governador Ricardo Coutinho e a sua vice, Lígia Feliciano, por uso indevido de servidores públicos e estruturas públicas em campanha eleitoral e também pelo uso político do Programa Empreender.
Segundo a ação, o Estado foi tido sob vários aspectos como propriedade privada do governador candidato e convertida em poderio econômico valioso, unilateral e determinante para o resultado das eleições. Para o advogado Harrison Targino, o uso da máquina administrativa e do patrimônio público conferiu ao então candidato grande visibilidade no ano eleitoral e incrementou economicamente sua campanha, proporcionando desequilíbrio ao pleito, a ferir a normalidade e a legitimidade das eleições de 2014.
Segundo Harrison, somando-se somente os valores gastos em período eleitoral com folha de pessoal (entre admissões eleitoreiras, gratificações e promoções), benefícios previdenciários, renúncias fiscais e programas institucionais (notadamente o Empreender/PB), chega-se a valores que superam a cifra aproximada de R$ 1 bilhão. “Tal valor possui gravidade suficiente para desequilibrar o pleito eleitoral”, defende o advogado.
A AIME também acusa os excessos praticados pelo governador com nomeações de “milhares de cabos eleitorais”, na promoção de policiais e outros servidores apenas por serem aliados políticos, bem como denuncia que houve irregularidade nos saques do programa Empreender, que teria beneficiado pessoas de fora do Estado e também liberado crédito para pessoas falecidas; e de irregularidade no pagamento da Previdência estadual.
Também é matéria da denúncia os gastos excessivos com publicidade institucional em ano eleitoral, a entrega de ambulância apenas a municípios em que o prefeito era aliado político, no período eleitoral; e a Medida Provisória que isentou os clubes de futebol de prestarem conta das rendas obtidas com o Programa Gol de Placa.
O advogado Fábio Brito da coligação ‘A Força do Trabalho’, do governador Ricardo Coutinho, informou que não tomou conhecimento do processo, mas adiantou que “nenhuma ação administrativa do Governo do Estado teve qualquer tipo de viés eleitoreiro. “Ao contrário, o governador Ricardo Coutinho sempre combateu e condenou práticas nesse sentido”, defendeu.

Comentário do programaHá mais de cinquenta anos ouvimos do então deputado Ernani Sátiro a expressão “jus sperniandi”,  expressão latina que ele traduziu em seguida para o povão que o escutava em frente ao Mercado Público de Patos, como o direito de espernear. Segundo ele é o direito que tem todo derrotado de espernear depois de uma derrota.  Seria, segundo ele, uma forma de um candidato derrotado, recorrendo à Justiça contra o resultado de uma eleição, dá uma satisfação aos seus correligionários pela derrota sofrida. Depois disso já vimos muita gente exercer o seu “jus sperniandi” às vezes até com sucesso. Os peemedebistas que perderam a eleição de governador para Cássio, conseguiram tirá-lo do governo e usufruíram de dois anos de governo de Maranhão, no exemplo mais recente da política paraibana. Wilson Santiago passou um ano no Senado através de ação em que se insurgiu contra uma vitória de Cássio que depois assumiu o mandato que ainda está exercendo. Pode até ser que Cássio obtenha sucesso neste seu recurso. Vamos esperar para ver. (LGLM)

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Category: Estaduais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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