(Jornal da Paraíba, neste sábado)
Alta foi puxada pelo setor da Indústria de Transformação, com 3.064 empregos criados
A Paraíba apresentou crescimento no número de postos de trabalho pela primeira vez em 2015, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (25). Em agosto, o Estado registrou crescimento de 4.293 postos – o número representa um crescimento de 1,06% em relação a julho.
A alta foi puxada pelo setor da Indústria de Transformação, com saldo de 3.064 empregos criados, e Agropecuária, que gerou 1.870 novos postos. O Comércio (-590 vagas) e a Construção Civil (-143), entretanto, registraram demissões no período.
Durante todo o ano, entretanto, a Paraíba registrou perda de 11.717 postos de trabalho – ou um declínio de 2,76% em relação aos oito primeiros meses de 2014.
Os municípios que mais geraram novas vagas em agosto foram Mamanguape (1180 novos postos), Santa Rita (+1470) e Sousa (+95). João Pessoa (saldo de -649), Campina Grande (-205) e Queimadas (-50), entretanto, registraram o maior número de empregos encerrados.
Comentário do programa – Dizer, simplesmente, “A Paraíba apresentou crescimento no número de postos de trabalho…” pode dar uma falsa ideia para o leitor. O que pode ter acontecido na realidade é terem sido assinadas maior número de carteiras profissionais, o que não quer dizer necessariamente que aumentou o número de empregos. Pode ter aumentado a regularização, o que muitas vezes se dá graças a uma maior fiscalização. Mamanguape, por exemplo, no mês de agosto foi objeto de fiscalização do Ministério do Trabalho, quando foram registrados mais de cinquenta empregados, no Comércio, onde a queda provocada pelas demissões poderia ter sido maior. A simples presença da fiscalização induz a que outros empresários também regularizem aqueles empregados que estão sem carteira assinada. Claro que o aumento dos empregos, justamente na indústria de transformação, se deve ao início das atividades nas usinas de cana de açúcar, daí o aumento tanto em Mamanguape como em Santa Rita, onde existem usinas. (LGLM)