Prestes a completar 46 anos, a BR 230 poderá em breve se tornar uma das poucas estradas federais do Brasil a ter mais de 500 quilômetros duplicado. O projeto de duplicação da rodovia, entre Campina Grande e Cajazeiras, foi desengavetado e a perspectiva é que ainda este ano, o governo federal determine o inicio das obras.
A duplicação da BR 230 está orçada em aproximadamente R$ 3 bilhões, e devido ao tamanho e à complexidade da obra, o prazo de execução poderá chegar a cinco anos.
Inicialmente será duplicado o trecho que compreende Campina Grande e a Comunidade Farinha na Praça do Meio do Mundo, um dos acessos ao Cariri do Estado. Este é considerado o trecho mais complexo da rodovia com intenso tráfego de veículos.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), inicialmente serão duplicados 31,3 km, com custos na ordem de R$ 165 milhões. Os recursos foram conquistados pelo senador Raimundo Lira, um dos precursores da luta pela duplicação.
Indicado pelo PMDB como relator das contas do Ministério dos Transportes no Orçamento da União do ano de 2016, o senador colocou uma emenda no orçamento para viabilizar a execução do projeto.
No ano passado, após seguidas reuniões no Ministério dos Transportes, ele conseguiu aprovar dotação orçamentária no Orçamento Geral da União – OGU 2016, no valor de R$ 165 milhões, para iniciar a obra, que levará desenvolvimento para o Sertão da Paraíba.
Esse trecho tem uma extensão de 33 quilômetros e segundo o Ministério dos Transportes seriam necessários R$ 5 milhões por quilômetro, para a execução da obra. Hoje, a Paraíba tem disponível, R$ 152 milhões, dos R$ 165 que foram aprovados no Orçamento Geral da União (OGU 2016).
Na última sexta-feira, o diretor geral do DNIT, Valter Casimiro Silveira, confirmou que em breve a licitação será publicada o que marcará o inicio das obras.
Ele admitiu que se trata de uma obra complexa, que exigirá muito estudo técnico e ambiental – a exemplo do que foi feito com o primeiro trecho que vai de Campina Grande até a comunidade Farinha (Praça do Meio do Mundo), que já tem os projetos técnico e ambiental aprovados.