Apesar de algumas manifestações controversas, ao longo de sua atuação parlamentar, o vereador Inácio de Gelo era, sem sombra de dúvida um vereador atuante. Tanto do ponto de vista de sua atividade dentro da Câmara, como na defesa dos interesses da quase cidade do Jatobá. Defendia intransigentemente os bairros de Jatobá e Monte Castelo e na medida do possível prestava assistência aos moradores do bairro. A sua derrota no pleito desse ano foi para nós uma surpresa. Mas apesar das manifestações de fidelidade ao grupo dominante na Prefeitura de Patos, Inácio era visto com desconfiança por setores do partido, que não perdoavam a sua origem nas hostes adversárias. Ou seja, como ex-correligionário de Dinaldo, não contava com total confiança de setores peemedebistas. Ou seja, apesar de seus rasgos de fidelidade, suas atitudes de independência eram vistas como perigosas por estes setores. A mesma coisa que aconteceu, por exemplo, com Zé Mota. Apesar de peemedebista histórico, Zé Mota era visto como independente demais, o que gerava desconfiança em lideranças do partido. E pagou caro por isso. A mesma coisa parece ter acontecido com Inácio de Gelo. Claro que não existe reduto eleitoral garantido para ninguém. Mas é de desconfiar a quantidade de candidatos endinheirados que caíram de paraquedas sobre o eleitorado do Jatobá e Monte Castelo. Acostumado a se eleger com base nos serviços prestados nos dois bairros, Inácio foi surpreendido às vésperas das eleições com “invasores” do seus redutos, carregado$ de argumento$ para a captura de votos. Foi um fim melancólico para um atuante vereador.
PS – Adilton Dias fez-me uma correção absolutamente pertinente. Zé Mota não era peemedebista histórico. Ele era do grupo arenista que apropriou-se do PMDB juntamente com todo o grupo Motta. Posteriormente foi descartado por esse mesmo grupo.