Já existia na cidade de Patos o desejo de mudança. A candidatura de Dinaldinho se encaixou perfeitamente neste desejo de mudança. Uma presença jovem que através de contatos com a comunidade nas dezenas de plenárias de que participou foi ouvindo as necessidades do povo e foi montando o seu programa de governo focado nos problemas mais urgentes do município.
Apesar de uma campanha curta, Dinaldinho foi se consolidando como o candidato ideal para a cidade de Patos nos comícios, carreatas, passeatas e visitas de casa em casa. Ao seu lado, um militante antigo de outras batalhas políticas, levava a experiência de administrador testado tanto a nível estadual como municipal, o contabilista Bonifácio Rocha. Uma vida ilibada e reconhecida competência. Será certamente importante colaborador na administração municipal.
Apesar de jovem, Dinaldinho acompanhava o pai e a mãe nas suas atividades políticas tendo adquirido a partir daí um profundo conhecimento dos problemas da nossa cidade, passando a estudar as soluções possíveis para eles. Isto foi sedimentado nas plenáras realizadas durante a campanha.
Com estes elementos, a vitória foi se consolidando. O eleitor foi se mantendo “na sua”, com manifestações espontâneas nos comícios e movimentos de ruas, atraído pela presença dos candidatos a prefeito, vice e vereador e lideranças outras como o ex-prefeito Dinaldo Wanderley e o médico Érico Djan. E o desejo insaciável de mudança. Não precisava ser pago para comparecer. Vinha espontaneamente pela esperança de uma administração voltada para os interesses da população e não de meia dúzia de aproveitadores. Seu desejo certamente vai ser realizado.
Um elemento extra que deu sua contribuição para tornar maior a vitória de Dinaldinho e Bonifácio foram as operações realizadas nos últimos meses na Prefeitura de Patos. Através delas o povo de Patos e região tomou conhecimento de irregularidades que aconteciam na administração, através das quais alguns poucos se locupletavam, enquanto os serviços públicos deixavam a desejar no seu atendimento à comunidade. Fatos estes que se tornaram mais claros ainda nos últimos dias, depois que o afastamento da prefeita titular deu ensejo à posse, ainda que provisória, da administração de Lenildo Morais. Que tem denunciado fatos que oneravam as finanças municipais a ponto de haver fornecedores de mercadorias e serviços ao município que estão há até três meses sem receber seus pagamentos.
Outra contribuição importante foi dada pela Diocese de Patos e outras entidades religiosas que pregaram pela maioria dos seus dirigentes a valorização do voto e a luta contra a corrupção. Os seus públicos certamente ficarão atentos a partir de agora para cobrar dos novos dirigentes as promessas que fizeram.
Deve começar nos próximos dias um período de transição em que a atual administração, encabeçada por Lenildo Morais, se propõe a passar para os futuros administradores a situação em que encontrou as coisas do município e o que pretende fazer, para que Dinaldinho e sua equipe comecem a trabalhar em primeiro de janeiro de 2017, com pleno conhecimento do que terão pela frente.
Ponto de Vista – A vitória de DINALDINHO WANDERLEY em Patos-PB se deveu a PF e ao afastamento da Prefeita Francisca Motta da Prefeitura de Patos-PB. Ademais, entendo também que tal vitória não é MUDANÇA, pois as famílias WANDERLEY e MOTTA vêm rodiziando-se no PODER de forma SIMBIÓTICA há mais de 20 anos. A “Morada do Sol” precisa em 2018 copiar o exemplo de Santa Luzia-PB: a LIBERTAÇÃO.
Cada eleição Ataimar é um julgamento. Isto tanto em nível municipal, quanto estadual e nacional. Se aquele grupo (partidário no federal e estadual ou familiar nos municípios menores) está atendendo aos anseios da população, o eleitorado o mantém. Se não está correspondendo o eleitorado o substitui. Isto é da essência da democracia. O ideal é a alternância no poder, baseado na eficácia da administração. Nas cidades menores sempre surge uma liderança em torno da qual giram outras lideranças menores, motivo pela qual determinadas figuras se repetem. Mas muitas vezes a própria alternância muda apenas as caras. A política de Patos sempre se fez em torno de dois grupamentos. Um vinculado ao antigo PSD e outro vinculado à antiga UDN. Nunca na nossa história recente se fugiu a este figurino. Clóvis Sátiro foi prefeito três vezes, mas na esteira dele se elegeram Zé Cavalcanti, Nabor Wanderlei, Edmilson Motta, Aderbal Martins, Dinaldo Wanderley. No outro grupo tivemos Darcílio Wanderley, Olavo Nóbrega (pessedistas históricos) e num novo peemedebismo Rivaldo Medeiros, Ivânio Ramalho, Nabor Wanderley e Francisca Motta. É difícil fugir deste figurino. Então, no mínimo, que haja alternância, já que a rivalidade faz com que um grupo seja fiscal do outro grupo. E o eleitor começou a despertar. Mesmo a praga da reeleição começa quebrar determinadas estruturas. Em São Mamede e Mãe Dágua antigas dinastias foram forçadas ao acordo. Em Santa Luzia uma dinastia velha de quarenta anos perdeu o poder. Em São José de Espinharas e Santa Terezinha candidatos à reeleição terminaram perdendo a eleição. Em Catingueira o grupo familiar de Edvan Félix foi derrotado. Como em Olho Dágua foram derrotados Dr. Chico Carvalho e Dr. Júlio Minervino, grandes lideranças que viviam se revezando no poder. Em todos estes casos, a política local vive em torno de dois grupos. A nossa política de interior que girava antigamente em torno de dois partidos gira hoje em torno de dois grupos. E é difícil escapar disto. Os partidos de esquerda têm sido incompetentes para se organizarem como terceira força. Aqui em Patos não elegeram nem vereador, quando se tivessem se juntado podia ter elegido dois ou três vereadores.