(Bela Megale, repórter da sucursal da Folha em Brasília)
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, preso há oito meses, está trabalhando em uma proposta de delação premiada “casada” com a do doleiro e operador do PMDB Lúcio Funaro.
A decisão de delatar veio depois que Funaro bateu o martelo de que tentaria fazer o acordo. Pessoas próximas a Cunha relataram que ele se viu sem saída, já que o operador iria esvaziar suas chances de delação, além de tornar a sua libertação ainda mais difícil. Envolvidos nas negociações afirmaram que o ex-deputado nunca esteve tão perto de um acordo.
Para cuidar da negociação de sua delação, o político contratou o advogado Délio Lins, o mesmo que fez o acordo de delação do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa, do mesmo partido de Cunha, o PMDB.