Valor da reconstrução do posto da Polícia Rodoviária Federal, em São Mamede, causa surpresa

By | 05/11/2017 12:42 am

 

(Jozivan Antero, no Patos Online)

 

A reconstrução da unidade da PRF de São Mamede irá custar aos cofres públicos a quantia de R$ 1.783.529,27 (Um Milhão, Setecentos e Oitenta e Três Mil, Quinhentos e Vinte e Nove Reais e Vinte e Sete Centavos). Até construtores experientes aguardam o término da obra para ver o seu resultado, pois o valor causa surpresa e um misto de espanto e indignação.

 

Outro fato que chama atenção é o prazo previsto para conclusão. A obra teve início no dia 21 de agosto de 2017 e deve ser concluída em 21 de fevereiro de 2019. Enquanto não é concluída a reconstrução, a PRF deverá realizar as fiscalizações através de rondas em viaturas na BR 230.

 

Em contato com um policial da PRF, que pediu para não se identificar, ele disse que o valor causou surpresa também entre os policiais. “O valor é absurdo! O Governo Federal fez cortes drásticos nas despesas da PRF, inclusive, comprometendo serviços essenciais. Mas faz reformas gastando valores que nos causam surpresas devido o montante que está orçado para ser gasto”, relatou.

 

Comentário do programa – Se se tratar de uma simples reconstrução, nas mesmas dimensões e com o projeto do posto antigo, realmente é um valor absurdo. Vamos esperar para ver se houve alguma mudança com relação ao projeto para ver se o valor da obra é compatível com o valor orçado. Pelas informações oficiosas que temos, não se trata  de uma simples reforma mas da edificação de um prédio completamente novo com novas dimensões e estruturas modernas. Não será de admirar, porém, se tivermos uma obra supervalorizada, pela tradição que têm as obras federais de custarem bem mais do que obras semelhantes aqui na região, pelo fato de serem licitadas com base nos preços de Brasília, quando se sabe que o custo de uma obra aqui no sertão é bem menor. Há sobre isso uma história exemplar acontecida uns cinquenta anos atrás, com o então prefeito de Prata, o saudoso Sigismundo Gonçalves Souto Maior, várias vezes prefeito daquele município. Ele recebeu uma verba de Brasília para construção de uma escola e com o dinheiro recebido construiu duas escolas. Quando fez a prestação de contas, o Ministério da Educação não acreditou que ele construíra duas escolas com o valor que outros prefeitos diziam ser insuficiente para construir uma só. Mandaram um auditor de Brasília só para verificar se a história de Souto era verdadeira. A tradição de desvio dos dinheiros públicos federais é antiga no Brasil. (LGLM)

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Category: Regionais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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