Hospital Napoleão Laureano passa por dificuldades e direção pede socorro (veja nosso comentário)

By | 25/08/2019 11:23 am

 

(ClickPB, reproduzido por Folha Patoense)

 

O sofrimento dos pacientes do Hospital Napoleão Laureano, referência no tratamento de câncer na Paraíba, parece estar longe de acabar. Com um déficit de R$ 1,5 milhão por mês, a unidade filantrópica não consegue respirar financeiramente sem a ajuda das prefeituras, do Governo do Estado e, também, a doação dos cidadãos. O hospital não está recebendo recursos nem do Governo do Estado nem das Prefeituras de João Pessoa e de Campina Grande, o que fez a direção pedir socorro.

Essa semana a redação do ClickPB recebeu  denúncias de familiares e pacientes que estão com seus tratamentos parados devido a falta de medicamentos no Laureano. Segundo os denunciantes, os pacientes com câncer estão impedidos de realizar quimioterapia e outros tratamentos. Ao todo, quatro medicamentos estão em falta: Genuxal, Anastrazol, Ciclofosfamida, Xeloda.

 

Após a repercussão da matéria, a direção do hospital concedeu um entrevista coletiva nesta sexta-feira (23) para explicar o que de fato tem ocorrido lá que tem paralisado o tratamento dos pacientes.

 

“Estamos precisando de convênio para ajudar na manutenção do hospital. Aqui vem paciente de todo o Estado da Paraíba. É preciso que todas as prefeituras e o Estado ajudem”, apelou.

 

O presidente admitiu que está sendo feita uma reforma estrutural no hospital com recursos advindos de emendas parlamentares, mas que esses recursos não podem ser destinados à compra de remédios. “Os deputados destinam emendas, mas as emendas são para manutenção, nós não podemos comprar medicamentos como esses recursos”, esclareceu o presidente da Fundação Napoleão Laureano, Carneiro Arnaud.

 

Atualmente, 280 pessoas estão na fila da radioterapia. Ainda não se sabe quantas outras esperam pela quimioterapia. São 300 pacientes em tratamento. “Apelamos para que a generosidade cresça no sentido de cada dia ajudar mais. Estamos de portas abertas para trabalhar os 365 dias do ano”, falou Carneiro Arnoud.

 

Ele disse que o problema não é incompetência, é deficiência financeira. Questionado sobre as perspectivas de sanar a falta de medicamentos, ele afirmou que a solução é obter os recursos necessários para cobrir as despesas. “Enquanto nós não tivermos recursos financeiros, o fornecedor do medicamento não fornece”, acrescentou Carneiro Arnaud.

 

Raio-X do Laureano

De acordo com a direção do Napoleão Laureano, 94% dos pacientes atendidos no hospital são do Sistema Único de Saúde (SUSU). O restante são provenientes de convênios ou atendimentos particulares.

 

Carneiro Arnoud informou, ainda, que 72% dos casos de câncer da Paraíba são atendidos pelo Laureano.

 

Mesmo diante dos números e da necessidade de recursos, desde 2010 a tabela de preços do SUS não é atualizada. Para se ter uma ideia, o SUS paga apenas R$ 5,70 por uma radiografia de tórax.

 

Mais de 192,3 mil pessoas foram atendidas no ambulatório do Laureano em 2018. Foram 5.332 internações, 5.705 cirurgias adulto e pediátrica. Ao todo, 34.807 quimioterapias foram realizadas e 187.898 radioterapias.

 

Comentário do programa – Temos que ajudar o Laureano de qualquer maneira. Eu autorizei o Banco do Brasil a transferir todo mês para uma conta da Fundação Laureano (conta 25619-6, na agência 4362-1 do Banco do Brasil) um pequeno valor, que não me faz falta, e que se todos aqueles que foram atendidos pelo hospital fizessem o mesmo, se tornaria uma ajuda razoável. Eu ainda não precisei dele, mas um dia quem sabe?).  Por outro lado, não custaria grande coisa para as prefeituras paraibanas ajudar o Laureano. Bastaria destinarem, por exemplo, uma subvenção mensal de um salário mínimo, no caso das pequenas prefeituras; cinco salários as com mais de dez mil habitantes; dez salários as que têm mais de cinquenta mil habitantes; e vinte salários as prefeituras com mais de cem mil habitantes, já teríamos uma ajuda substancial. Afinal todas as cidades do Estado encaminham para lá os seus doentes de câncer. E todos são bem atendidos. (LGLM)

Comentário

Category: Estaduais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *