Geralmente não faltamos ao programa, mesmo quando estamos de férias no trabalho, mas domingo passado fomos forçados a deixar em branco esse nosso encontro semanal. Amanheci o sábado sem me aguentar em pé. Pensei que fosse a diabetes já que o índice de glicose no sangue estava bem alto. Fui para o hospital, onde fui medicado, tomando inclusive insulina. Melhor, no final da tarde, voltei para casa. Mas, umas duas horas depois senti-me mal novamente, desta vez pior do que pela manhã e fui levado novamente para o hospital. O problema era mais sério do que pensava. Submeti-me a uma endoscopia, quando ficou constatado que eu tinha uma úlcera de duodeno que estava sangrando e cuja extensão não era possível avaliar pois ainda havia alimentação no meu estômago. Medicada a úlcera, permaneci no hospital, onde pela manhã fui submetido a nova endoscopia. Constatada a extensão da úlcera, fiquei sob tratamento até o final da terça-feira, tendo inclusive recebido transfusão de sangue, por conta do que perdera com a hemorragia. Estou bem, graças a Deus. Na quarta-feira, voltei a trabalhar em casa e já me preparo para viajar neste domingo para a região de Cajazeiras (a estas alturas já estou na estrada, num “leito” da Guanabara). Lá o serviço é “maneiro” e poderei continuar com os cuidados com a alimentação prescritos pelos médicos. Nunca gostei de “atestados médicos”. Em mais de cinquenta anos de serviço (quatro de Colégio Diocesano e Rádio Espinharas, vinte e seis de Banco do Brasil, vinte e três de Ministério do Trabalho, quase dois na Prefeitura de Patos) usei uns dois ou três atestados. O estresse da inatividade é pior do que fazer o trabalho de que a gente gosta.
Minha internação se deu no Hospital Nossa Senhora das Neves, um estabelecimento de patoenses, onde a gente se sente em casa. Quero agradecer as visitas que recebi no hospital, de amigos, parentes, dirigentes do hospital. Muito obrigado aos amigos de me mandaram centenas de mensagens, pelo whatsapp, pelo Facebook, pelo telefone, no pelos programas de rádio, nas notícias postadas nos blogs da cidade. Isto me sensibilizou.
Graças a Deus, colhi um pouco daquilo que tenho plantado, amizade e respeito. Até contadores e empresários, aos quais minha atuação profissional tem dado trabalho, mandaram-me mensagens preocupadas. Vou continuar a lhes dar trabalho até a aposentadoria definitiva o ano que vem. Mas, mesmo no hospital, atendi a consulta de alguns deles, que aproveitavam para me desejar “melhoras”. E, como jornalista funciona em tempo integral, ainda na cama do hospital, tomei conhecimento da renúncia de Sales Júnior e comecei a pensar o que podia escrever sobre isso no programa de hoje. O que terminei antecipando para a última quinta-feira, já que podia alimentar os debates dos ouvintes e internautas. Graças a Deus, em franca recuperação e com a sensação do dever cumprido. (LGLM)