Grupo lança Carta Aberta pela conclusão célere do Teatro Municipal de Patos (seguida de comentário nosso)

By | 22/09/2019 11:17 am

 

(Airton Alves, no Patos Online)

 

As obras de construção do Teatro Ernani Sátyro, na cidade de Patos, foram iniciadas em 2013 com previsão de conclusão para o final de 2015, na gestão da então prefeita Francisca Motta, na época PMDB. Há cinco anos que a população patoense espera pela sua conclusão.

 

Nesta sexta-feira (20), o Procurador Estadual de Sergipe, o patoense Carlos Antônio Araújo Monteiro, reuniu um grupo de amigos e amigas em frente às obras do teatro, onde funcionou a Secretaria Municipal de Educação e a Praça da Pelota, na Rua Felizardo Leite, no centro da cidade, para lançar uma Carta Aberta aos gestores e autoridades públicas pela conclusão célere do equipamento cultural.

 

“O teatro, nós temos o registro, que completamos cinco anos de obra inacabada. Toda obra inacabada, ela tem um prejuízo, praticamente, o dobro para o poder público. Além de representar um prejuízo às contas do poder público, representa um prejuízo a sociedade e a economia local. Patos precisa, urgentemente, as autoridades ajudarem para concluir esse teatro”, disse Carlos Monteiro.

 

As obras de construção do Teatro Ernani Sátyro estão 66% concluídas. O dado foi repassado pelo secretário de Infraestrutura do município, Nilton Domiciano, durante entrevista ao programa Espinharas Notícias, na Rádio Espinharas FM 105.1, nesta sexta.

 

Ainda de acordo com o secretário, esse primeiro convênio de construção do Teatro, o valor foi de R$ 3.148.129,23 (três milhões cento e quarenta e oito mil cento e vinte e nove reais e vinte e três centavos) por meio de emendas parlamentares do deputado federal Hugo Motta no valor de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) do então senador Vital do Rêgo, de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais). A contrapartida da Prefeitura de Patos é de R$ 238.412,03 (duzentos e trinta e oito mil quatrocentos e doze reais e três centavos) ao longo da execução da obra.

 

O teatro, que será o primeiro da cidade, contará com 540 poltronas, espaços para exposições de obras de artes, salas de oficina e área externa para estacionamento.

 

Comentário nosso – As obras  do nosso tão necessário e tão esperado Teatro  Municipal enfrentam  problemas desde a  sua concepção. O local de sua  construção foi  muito mal   escolhido. Tem  a  única vantagem de ser na zona central   da cidade. Mas tem por outro lado, o inconveniente de ficar entre duas ruas estreitas e duas ruas de trânsito intenso, o que vai tornar quase impossível a demanda por estacionamento dos pretensos frequentadores daquele ambiente. O projeto foi bem elaborado, mas a localização é péssima. Parece que a decisão da localização foi tomada por que iam aproveitar um terreno público, embora para isso tivessem que destruir um prédio de grande utilidade até a sua desocupação. Depois, não se sabe como se gastou todas as verbas destinadas para a construção e ainda falta, segundo Secretário de Infra-estrutura, Dr. Nilton Domiciano, um terço da construção. E ainda vai demandar dinheiro para a que  o teatro esteja com as instalações necessárias para seu funcionamento definitivo. Mas de onde tirar dinheiro, num governo federal que não vem tendo dinheiro para as universidades, para os hospitais, para a conclusão da Transposição, entre outras obras e serviços importantes. Embora pareça que não faltem recursos para financiar as campanhas políticas do ano que vem. Talvez as  obras do Teatro ocupem mais administrações do que a Ponte do Juá Doce. A intenção  dos que se mobilizaram  esta semana é das mais louváveis. Mas parece que a sina do Teatro é continuar inacabado por muitos anos. Para azar da cultura da cidade. Poderíamos ter nele, além do Teatro, quem sabe um museu e um Salão de Exposições as mais diversas. Uma comissão se formou esta semana para tentar abraçar o teatro em defesa da sua conclusão. Os defensores da obra, apesar do entusiasmo, foram insuficientes para o abraço, mas afinal o problema do teatro talvez tenha sido justamente a ganância, não das comissões, mas a ganância pelas “comissões”. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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