Comerciante cobra transparência nos recursos arrecadados no Mercado e no Matadouro Municipal de Patos (veja comentário)

By | 28/06/2020 7:50 am

 

(Jozivan Antero, no Patos Online)

 

O comerciante Joselito, mais conhecido por Mamulengo, que tem empreendimento na área de bovino, caprinos e suínos para consumo de carne em Patos e Região, vem constantemente se queixando da falta de transparência e retorno dos recursos arrecadas no Matadouro Municipal de Patos e nos mercados públicos municipais.

 

Nesta terça-feira, dia 23, durante entrevista ao Programa Polêmica, concedida pelo prefeito interino de Patos, Dr. Ivanes Lacerda, sobre os recursos arrecadados nos órgãos públicos, Mamulengo se queixou da falta de transparência, mesmo diante de leis que garantem transparência e uso dos recursos na melhoria dos serviços.

 

Mamulengo fez cálculos sobre quanto se arrecada com as taxas cobras dos comerciantes no abate de animais no Matadouro Municipal de Patos, bem como de cobranças aos que tem boxes nos mercados, especialmente o Mercado Modelo Juvino Lilioso. Apenas no abate de animais para consumo de carne, cálculos feitos ao ano, o comerciante apontou arrecadação de mais de Três Milhões e Setecentos Mil Reais.

 

Os cálculos foram minuciosos e baseiam-se na arrecadação das taxas cobradas pelo abate de bovinos, caprinos e suínos por semana. O comerciante deixou de fora os valores pagos pelos donos de boxes. No Matadouro, de acordo com Mamulengo, os valores são pagos em mãos e isso permite mais falta de transparência ainda no que se cobra.

 

Diante das indagações e até da indignação do senhor Joselito, o prefeito interino de Patos, não se posicionou sobre os fatos levantados, porém, disse antes que tem feito algumas mudanças para melhorar a arrecadação e dar mais transparência.

 

Comentário nosso – Este problema do Matadouro é antigo. Mas aí há culpa tanto da administração municipal como dos que utilizam os serviços do Matadouro. Da parte da administração porque não devia permitir sequer a entrada dos animais no Matadouro se não viessem acompanhados do boleto fornecido pela Secretaria de Finanças e pago nos bancos autorizados a recebê-los. Por outro lado, os comerciantes deveriam procurar a Secretaria de Finanças pedir a emissão do boleto e providenciar o pagamento dos bancos. E não é o que vem acontecendo. Resultado, os encarregados do Matadouro recebem o dinheiro do abate e se forem honestos depositam todo o dinheiro arrecadado. Se não forem podem desviar o valor que bem quiserem. Já houve administradores que prestaram contas do dinheiro arrecadado, dos que gastos que foram necessários para o bom funcionamento do equipamento e prestaram contas do restante. Mas há casos notórios de dinheiro que nunca chegou aos cofres da prefeitura. Par os senhores terem uma ideia, o Matadouro rende, em tempos normais, cerca de trinta mil reais por mês e ninguém sabe ao certo que destino se dá a este dinheiro. O Mamulengo tem razão. Resta apurar de quem é a culpa pela falta de transparência. Se da administração municipal, se da administração do Matadouro. Se dos próprios comerciantes que não buscam pagar pelo uso do Matadouro com o comprovante do pagamento na mão. (LGLM)

 

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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