(UMA POR DIA… *Misael Nóbrega de Sousa, 21/04/2021, com comentário adicional nosso)
Até que enfim, o prefeito Nabor Wanderley (Republicanos) recebeu os vereadores para uma conversa franca, mas a portas fechadas (sic). Em pauta, tudo que já sabemos: “Os problemas da cidade de Patos” e como resposta aquilo que também já sabemos “a promessa de corrigi-los”.
O Estado democrático de direito garante que os poderes sejam independentes e harmônicos e essa “separação” foi consolidada pela Constituição Federal de 1988 para que um poder não usurpe o direito do outro.
Ora, se a Câmara é a vox populis e tem a prerrogativa de traduzir por meio de leis o sentimento social e fiscalizar o erário para saber se está sendo cumprido o ordenamento legislativo, o que faz o cordeiro reunir-se com o lobo?
Além do mais, essa relação não é institucionalizada, ou seja, não carece de documento de intenção e vai ficar para os anais como o vento que já soprou.
A meu ver, o respeito ao cidadão consiste, necessariamente, em cada um dos poderes desempenhar a sua função especifica, sem conversinhas ou conchavos.
Pois, ambos precisam preservar as garantias e direitos constitucionais na forma da obediência aos seus regimes próprios e estatutários; e, isso implica dizer, que, em dado momento, um poderá (e deve) limitar a ação do outro.
Não concordo com essas reuniõezinhas de ponta de rua que mais parecem coisas combinadas. A harmonia pode ser a melhor das intenções, mas onde fica a imparcialidade?
Nossa opinião
- Misael tem razão, Os vereadores têm a tribuna da Câmara para fazer suas reclamações e suas denúncias. Por que esta conversa pessoal com o prefeito? Os da base até podem dar a desculpa para não reclamarem ou denunciarem de público para não “queimar” a administração. Mas e os que se dizem de oposição? Por que foram “paparicar” o prefeito. (LGLM)