(Misael Nóbrega de Sousa)
UMA POR DIA… (27/04/2021)
Ontem pela manhã, quando vinha aqui pra rádio, avistei uma cachorrada… – Mas, não era uma matilha normal, não. Parecia que estava havendo uma conferência, aqui em Patos, e para a reunião vieram todos os canídeos do Estado. Tem noção? Sei que era bicho em profusão.
Os cães disputavam uma donzela ovulando, só pode, pois era uma canzoeira da peste. Além daquele labacé todo, havia lixo esparramado pela Solón de Lucena, cuja trilha de desordem acentuava-se com o sol que dava as caras pelas bandas do rio Espinharas.
Como faz falta um centro de zoonoses… O equipamento chegou a ser anunciado pelo então prefeito Ivanes Lacerda, com a assinatura de ordem de serviço e dinheiro em conta, no final do ano passado. Mas, tudo indica que não vai rolar. E olha que o recurso empenhado girava em torno de r$ 1 milhão de reais.
Parece só discurso, mas não é. “Agindo de maneira a extinguir do país algumas das principais e mais perigosas zoonoses – como raiva e leishmaniose – os centros de controle também são res-ponsáveis pela vacinação de animais e a educação populacional; além de produzir informações suficientes quanto a prevenção e propagação de doenças em animais e pessoas”.
Se não fossem as ONG’s de proteção aos animais, que travam diariamente uma luta política em favor da causa, o problema estaria bem pior. Lembrei a “revolução dos bichos” de George Orwell, onde os animais conseguem expulsar sr. Jones, o proprietário da granja, e passam a administrar a propriedade, com a diferença de que na fábula do escritor inglês, os líderes são os porcos e não os cães.