O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor Dr. Glauco Coutinho Nóbrega, está pedindo laudo de vistoria para possível desinterdição do Matadouro Municipal de Patos. O MPE se manifestou após provocação da Prefeitura Municipal de Patos para avaliar algumas adequações feitas no órgão.

O Matadouro Municipal de Patos está interditado por determinação judicial desde o início de abril de 2022. A interdição se deu em decorrência de irregularidades detectadas que prejudicavam o abate de animais e suas acomodações. O pedido de interdição partiu do próprio MPE.

Desde o fechamento do órgão, cerca de 50 trabalhadores que dependem do funcionamento do local estão prejudicados. Dezenas de comerciantes e marchantes também estão enfrentando dificuldades, pois os animais vêm sendo abatidos em cidades da região de Patos e até em locais mais distantes.

A interdição do Matadouro Municipal de Patos pode estar causando abate clandestino de animais e trazendo problemas à saúde pública. A denúncia foi apresentada por cidadãos que buscam alertar as autoridades sobre o caso.

O secretário de Agricultura do Município de Patos, Ferré Maxixe, relatou que foram feitas algumas melhorias visando a desinterdição. O secretário comentou que o órgão terá que passar por uma grande reforma para atender todas as exigências técnicas, mas poderá voltar a funcionar com o que já foi feito temporariamente.

Nossa opinião

Mesmo admitindo a realização de uma vistoria para verificar o cumprimento das recomendações, cuja falta de atendimento determinou a interdição do Matadouro, não acreditamos que o Ministério Público Estadual vá se deixar embair por gambiarras procrastinatórias e eleitoreiras, vindas de quem, em um ano e meio de administração, não cumpriu as recomendações que encontrou pendentes e agora tenta induzir o Ministério Público a pedir a desinterdição do Matadouro, alegando justamente os problemas que estariam sendo gerados pela sua inércia e inépcia. Os membros dos Ministério Público são servidores independentes que não se deixam envolver por manobras eleitoreiras visando acobertar a incompetência de quem quer que seja. (LGLM)