(Blog do Jordan Bezerra, 11/05/2022, seguido de comentário nosso)
Inicialmente, o Blog questionou o comandante acerca de sua missão e da noção que ele tem desse novo desafio.
“Um desafio muito grande, mas eu dizia ainda há pouco que o senhor Deus não nos leva lugares onde a sua graça não nos possa alcançar. E dentro dessa premissa, o nosso maior desafio é superar as expectativas da sociedade, da nossa tropa em si, praticando o bem, fazendo o nosso melhor, então isso nos deixa ao mesmo tempo tranquilos porque sabemos que iremos nos esforçar para acertar e, junto com o poder público de uma forma geral, construir a muitas mãos uma estrutura de segurança forte para a nossa cidade, e nossa região”, disse ele.
Logo após o comandante foi questionado acerca da importância da sociedade na colaboração do trabalho da PM. Esaú de Lucena afirmou que esse é um dever constitucional e a segurança é de suma importância para todos.
É constitucional isso. A segurança pública é dever do estado, mas é direito e responsabilidade de todos, nós somos a sociedade. Por trás de uma farda tem ali um cidadão, então a gente começa tudo isso cuidando das pessoas. Para que o meu policial possa cuidar bem das pessoas e as pessoas também recebam esse carinho, eles precisam ser afagados aqui dentro do quartel, então o meu policial terá toda a minha atenção, eles terão a nossa consideração, o carinho, a responsabilidade, de promover qualidade de trabalho, de vida para eles, porque a partir daí servirá como mola propulsora para que eles possam cuidar das outras pessoas. O 3º Batalhão é da cidade de Patos, não só da cidade de Patos mas de toda a região, ou seja, a sociedade tem um escudo muito forte que são os policiais do 3º Batalhão. Esses homens e mulheres aqui estarão para defender os interesses da nossa sociedade, mesmo com o risco e sacrifício da própria vida. Esse é o nosso juramento, e dentro dessa circunstância é necessário a aproximação entre o policial e a sociedade. É preciso o policial está dentro da escola conversando com as crianças e adolescentes através das ações do PROERD, e outros projetos que iremos implantar aqui. É preciso o policial estar recepcionando as pessoas dentro dos quartéis, nas solenidades, a banda de música da PM promovendo alegria, porque a melodia acalenta o nosso coração.”
Sobre um futuro projeto de Polícia na Praça, o Blog perguntou como se daria esse planejamento, e a aproximação entre polícia e população local. Esaú de Lucena esclareceu que há certo medo popular acerca da profissão, e que o projeto visa mudar essa perspectiva.
“A criança nasce e cresce vendo a polícia como um elemento opressor, que vai castigá-la, vai tirar ela de uma situação de conforto, quando na verdade não é nada disso. O policial é o segmento da segurança, no momento que a criança se perder ela vai deixar de procurar o policial porque ela tem medo. Foi uma construção feita, por parte dos pais, e a gente precisa realmente fazer com que isso seja desconstruído no idealismo da criança, do adolescente, das pessoas, a partir do momento que se enxergue o policial como ser humano, como um amigo, como um funcionário qualquer, e um funcionário a serviço da população. Então esse projeto é um sonho para a gente. A gente ainda vai pautar ele, e trabalhar isso em conjunto com demais órgãos. Trazer a polícia para o bairro porque ali a gente vai ver a banda de música tocar, você vai sair da sua casa para ver, de repente, o motociclista da ROTAM, e ter a oportunidade de subir na moto, tirar uma foto e o departamento de educação física da PM trabalhar uma recreação para as crianças, enfim são circunstâncias que vão propiciar esse momento de solidariedade. Assim a gente começa a construir algo sólido, uma política de segurança pública aqui na nossa região de forma consistente, onde a gente vai diagnosticar problemas, dar voz à comunidade para eles dizerem a gente quais são as suas principais demandas, para a gente realizar um policiamento orientado pelo problema daquela comunidade.”
Sobre a sua popularidade, pois é conhecido como um comandante operoso, Esaú Lucena foi questionado como ele pode incentivar a sua tropa, por meio de uma mensagem, afim de coibir a criminalidade, e ele declarou:
“Aos meus policiais, aos meus irmãos, aos meus amigos, camaradas, eu gostaria de dizer onde estiver um policial, ali vai caber a presença do comandante do 3º Batalhão, onde ele estiver nós estaremos juntos. A gente precisa ter um alicerce forte. Nos bastidores a gente vai trazer toda a estrutura, todo o acesso aos nosso policiais para que eles se sintam confortáveis para trabalhar, para fazer e promover o bem. Ao cidadão de bem eu quero dizer que com a sociedade de Patos a gente assume um compromisso forte, não é fácil, será difícil, mas é na dificuldade que a gente cresce, se fortalece e começa a traçar um novo destino para tudo aquilo que a gente se propõe a fazer. Então precisamos de sua ajuda, de sua compreensão. Os crimes vão acontecer, mas pode ter certeza que não faltará esforços, nem de mim nem de minha tropa, porque aqui existem homens e mulheres compromissados e honrados em fazer segurança pública, pode ter certeza. Eu gostaria de dizer que existe em Provérbios, Capítulo 21, versículo 31, ele diz que o cavalo se prepara para a guerra, mas a vitória advém do senhor, e Deus está conosco. Nós temos pedido proteção de mim ao soldado mais moderno daqui do 3º Batalhão, para que ele continue nos abençoando, nos dando sabedoria, para que a gente possa suprir as necessidades da população patoense e toda a região”, disse Esaú de Lucena.
Por fim, o Blog do Jordan Bezerra perguntou como se dará a parceria com a imprensa. O comandante destacou que a imprensa é um apoio importante na realização da segurança pública.
“A gente tem na imprensa um braço do 3º Batalhão, a amizade que a gente construiu, o respeito pelos profissionais da imprensa que têm esse condão de trazer a notícia, de nós informar. Eu todos os dias escuto o rádio, ouço os noticiários, leio os blogs e a gente precisa dar voz ao 3º Batalhão através da imprensa, e vocês são parte fundamental desse momento de segurança pública, porque é a partir de vocês que os esclarecimentos e informações vão chegar ao destinatário final que é o cidadão de bem, e também a aqueles que não são. Então que fique claro que o marginal não terá trégua durante o nosso comando, medo e preguiça o homem só tem quando quer. Eu costumo dizer que uma pessoa faz por querer ela faz mais do que dez por obrigação. Eu sou apaixonada pela Polícia Militar. Eu amo o que eu faço. Pode ter certeza que nós iremos fazer uma gestão buscando o melhor para a sociedade patoense sertaneja e para a região metropolitana da nossa cidade.”
Nossa opinião
Patos, graças a Deus, tem tido sorte com os últimos comandantes do III BPM. Se a violência aumentou e se mantém em níveis intoleráveis, não se deve a eles o agravamento e manutenção do problema. A causa principal é a insuficiência de contingente que impede um trabalho mais eficiente. Isto junto com o problema das drogas e a proliferação das facções criminosas. Vamos torcer peçp sucesso do tenente-coronel, principalmente pelas suas origens famílias, uma vez que é neto do meu saudoso amigo Ariston Lucena e sobrinho do meu querido amigo e ex-aluno Marcos Araújo, ex-secretário de Educação municipal em Patos. (LGLM)