(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, divulgado no Notícias da Manhã, na Espinharas FM)
Apesar de deter a caneta e a chave do cofre, João Azevedo parece está perdido como cego em tiroteio.
Esnobou a candidatura de Efraim a senador e agora que descobriu que Efraim é mais competitivo de que Aguinaldo Ribeiro, busca desesperadamente atrair Efraim de volta ao seu pretenso rebanho.
Como Aguinaldo colocou como condição para ser seu candidato a senador o apoio de Efraim, a estas alturas, já cotado para ser o candidato a senador na chapa de Pedro Cunha Lima, João parece ter entrado em desespero.
E para completar, o grupo Ribeiro tenta fazer chantagem contra João, com a senadora Daniella Ribeiro ameaçando lançar-se candidata a governadora, arrastando a esposa ou o filho de Cícero Lucena como candidato a vice, e atraindo Sérgio Queiroz para ser o candidato a senador da chapa. Seria outro palanque para fazer a campanha de Bolsonaro na Paraíba, já que Nilvan Ferreira já confessou em vídeo vasado que é difícil pedir voto para o capitão.
Está mais do que claro que isso seria uma chantagem, mas de político profissional tudo se pode esperar. E sem o prefeito de João Pessoa e o de Campina Grande, as coisas lhe seria bem mais difíceis.
O grande problema de João Azevedo é que ele não é político profissional. Todo mundo sabe que, apesar de ser um competente executivo, responsável, na prática, pela boa administração de Ricardo Coutinho, foi o ex-governador quem o elegeu, embora com as práticas que lhe estão rendendo a Operação Calvário. Sem Ricardo, João hoje seria apenas um disputado executivo de bastidores.
Por não ser político, João não tem a manha e a malícia dos políticos tradicionais que o estão encurralando já no início de sua campanha à reeleição.
E que ele não confie nas centenas de prefeitos que lhe têm hipotecado solidariedade e garantido irrestrito apoio. A maioria não tem o controle do seu pretenso curral eleitoral e “trair e coçar, é só começar!”. Para abandoná-lo nas vésperas das eleições, basta que desconfiem de que pode perder a eleição. Não seria a primeira vez que isso aconteceria na política paraibana e nacional como um todo. E como consequência, sua vaca pode ir para o brejo.