(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado em Notíicias da Manhã, na Espinharas FM)
Estivemos em Patos, na semana do São João, e nas conversas com os amigos o tema dominante foi a política.
Analisando o quadro político com um destes amigos, ao discutirmos o quadro estadual e o aparente impasse entre o Republicanos e o governador João Azevedo, candidato à reeleição, o amigo levantou uma questão muito interessante.
Ele concordou comigo em que, das duas uma, ou Hugo rompe com Efraim ou rompe com o Governador. E o amigo utilizou um argumento, ao meu ver irrefutável e para o que eu, um pouco afastado da política local, não tínha ainda me advertido, e que tornaria praticamente impossível a ruptura de Hugo Motta com João Azevedo.
Segundo lembrou o amigo, a maioria dos cargos comissionados do Governo Estadual em Patos foi de indicação de Hugo Motta ou de seu grupo. Cargos comissionados no Hospital Regional, na Maternidade, no Hospital Infantil, no Detran, no Sexto Núcleo, na Gerência Regional de Ensino, no Agrocentro e por aí afora. São dezenas de pessoas que foram indicadas pelo grupo.
Vale lembrar que a restrição de exonerar ou transferir durante o período eleitoral só vale para os funcionários efetivos. A exoneração ou nomeação de comissionados é permitido a qualquer tempo.
E aí a grande pergunta. Será que o Hugo topará abrir mão destes cargos, prejudicando seus amigos indicados para eles? Será que João Azevedo vai manter os nomeados nos cargos se o Hugo não aceitar sua exigência de apoio fechado a sua chapa?
Isto do ponto de vista do próprio Hugo. E como fica a campanha de Francisca Motta, avó de Hugo, se divergência entre Hugo e João não for acertada?
E como ficará a administração de Nabor, pai de Hugo, por exemplo, se João Azevedo retirar algumas ajudas que dá a Patos, como a ajuda para manutenção do Upa do Jatobá, no caso de continuar a divergência entre Hugo Motta e seu partido e o Governador do Estado?
Algumas figuras ligadas à administração municipal já chegaram a admitir que dificilmente o grupo romperá com João Azevedo no primeiro turno, embora admitam a possibilidade de que isso possa acontecer, num possível segundo turno.
De qualquer maneira, a estas alturas a sorte está lançada. O Progressista já confirmou o nome de Lucas Ribeiro, como o nome do partido para ser candidato a vice de João Azevedo. Qual será a resposta de Hugo Motta, o Republicanos rompe com o Governador?