Manifesto foi divulgado pelo grupo, que se declara apartidário, e teve a anuência majoritária de lideranças religiosas de 20 estados
A frente tem representação em 20 estados brasileiros, e, de acordo com o comunicado divulgado, a declaração de apoio ao petista se fez necessária diante das ameaças de Jair Bolsonaro (PL). O manifesto ocorreu com a anuência majoritária das lideranças.
O documento ainda aponta a prevalência no país de “forças destruidoras” da “doença (COVID-19), da fome (carestia, inflação, congelamento do salário mínimo e destruição dos direitos trabalhistas) e da violência generalizada (armamentismo e emparelhamento das forças militares e paramilitares) ou seletiva (indígenas, população negra, mulheres e LGBTQI+)”.
“A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, enquanto movimento nacional, ainda que respeitando a liberdade individual de seus participantes de fazer outras escolhas no campo democrático no primeiro turno, vem a público declarar, com a anuência majoritária dos seus núcleos estaduais, apoio à candidatura do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, inicia o manifesto.
“Não somos um movimento partidário, nem estamos vinculado ao PT ou a qualquer outro partido político. Integram a Frente mulheres e homens evangélicos de perfil democrático, cristãos e cristãs que, como Jesus, almejam o bem-estar das pessoas, em especial o das mais desfavorecidas. Somos pessoas comprometidas com o Brasil em sua integridade humana e ambiental, mantendo diversidade absoluta e permanente liberdade crítica frente a qualquer governante, de qualquer espectro ideológico”, destaca o texto.
De acordo com a entidade, se o Brasil estivesse em seu “pleno estado democrático”, no qual as eleições para o cargo de chefe máximo da nação fossem realizadas dentro de “parâmetros de plena segurança institucional”, bastaria enfatizar o respeito à liberdade de consciência política de cada cidadão, sem que fosse necessário declarar apoio à eleição de Lula.
“Estamos convencidos de que a vitória imediata de Lula, como único candidato que faz frente à reeleição desse que aí está, trará de volta à nação seu pleno Estado de Direito”, finaliza o manifesto.