Sudeste, com 43% dos eleitores, é o campo de batalha chave da eleição presidencial
Os líderes da corrida presidencial de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), viram as peças de suas intenções de voto se movimentarem no principal tabuleiro da disputa, a populosa região Sudeste.
Ela concentra 43% do eleitorado do país e tem em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro 3 dos 4 maiores cestos de votos em jogo —o quarto é a Bahia. Em terras paulistas e fluminenses, Lula viu sua vantagem aumentar sobre o presidente, que por sua vez ganhou terreno entre os mineiros.
É o que aferiu a nova pesquisa do Datafolha, feita da terça (13) à quinta (15).
Lá, Lula caiu de 47% das intenções de voto para 43% do levantamento feito pelo instituto há duas semanas. Bolsonaro, por sua vez, oscilou positivamente de 30% para 33%, reduzindo assim de 17 para 10 pontos a diferença entre os dois. Ciro Gomes (PDT) manteve os 8% que tinha, assim como Simone Tebet (MDB) ficou com 4% anteriores.
No maior colégio eleitoral do país, São Paulo, o petista oscilou positivamente de 40% para 43%, enquanto o presidente foi de 35% para 33%. Com isso, Lula tem dez pontos de vantagem sobre Bolsonaro. Ciro e Tebet seguiram no mesmo patamar, com 9% e 7%, respectivamente.
No estado, esse desempenho de Bolsonaro se reflete na estabilidade de seu afilhado na disputa local, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que oscilou de 21% para 22%, sendo alcançado na margem de erro de dois pontos pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB), com 19%. O líder segue sendo Fernando Haddad (PT), que acompanhou o seu padrinho Lula e oscilou para cima, embora menos: de 35% para 36%.
Já no Rio de Janeiro, Lula foi de 42% para 44%, na margem, e Bolsonaro estacionou em 36%. Ciro oscilou de 8% para 6% e Tebet manteve seus 4%. Ali, o nome associado ao bolsonarismo é o governador Cláudio Castro (PL), à frente numericamente no empate técnico na margem de três pontos com Marcelo Freixo, do PSB: 31% a 27%.