(Uma por dia….de Misael Nóbrega de Sousa, em 27/02/2023)
Atirar sete vezes… Calma! Você não tem alma?. Não, não tem. E amor? Tem? Foi assim, ligeiro, certeiro. Tinha até inocente. Não se mata inocente. Inocente é de Deus. Uma arma grande dessas… Arma só serve para matar. Matam os que foram mortos e matam os que ficam vivos. E parecia caçar bichos. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete… Ouviram-se os balaços, tirambaços; os corpos mutilados, lavados de sangue, frios… Corpos frios. Filhos e pais, frios. Sonhos interrompidos pela estupidez, pela arrogância, pela ganância, pelo prazer de se tirar vidas. Assassino ladrão de sonhos é o que você é. Um assassino e ladrão de sonhos. Para quê? Tem explicação? Para quê explicação? O mal está em todos nós. Assim como o bem também. Você escolheu ser mau. Matou e ficou. Matou e matou. Sete vezes matou. O jogo era esse. Matar. Atirar pra matar. Atirar sem errar. Atirar, treinar, atirar, treinar… Para se transformar num assassino e ladrão de sonhos. Sete vezes assassino e ladrão de sonhos, Sete caixões de defuntos, sete covas abertas, sete palmos de terra, sete velas acesas, sete mães chorosas, sete botões de rosas… Sete é o número do azar de quem está sem Deus. Uma cidade enlutada, um país com vergonha, um infeliz delinquente; o outro parceiro de crime; um morreu, outro “perdeu”, não escapariam impunes; um será esquecido, o outro nunca mais viverá tranquilo; a vida nos empurra para o precipício. Enquanto uns decidem voar… Não há fim para uma história triste.