Tarcísio de Freitas perderá fôlego caso seu candidato a prefeito de São Paulo for derrotado, avalia núcleo de ex-presidente
O núcleo mais próximo de Jair Bolsonaro (PL) já debate com profissionais de campanha a viabilidade de nomes que poderiam ter o apoio do ex-presidente na eleição de 2026, concorrendo contra Lula (PT).
LISTA
O grupo trabalha com quatro pré-candidatos: o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD-PR), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) –e, correndo por fora, a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que foi ministra da Agricultura de Bolsonaro.
COFRE
Tarcísio aparece como franco favorito, por estar no comando do estado mais populoso e rico do país. Mas precisa contornar desconfianças de parte do núcleo duro do bolsonarismo, que acredita que ele tem agenda própria e não é fiel o suficiente ao ex-presidente.
POVO FALA
Na análise feita internamente, as eleições municipais vão definir quem, entre os quatro, tem mais chance de se impor como candidato de direita contra o PT.
Em São Paulo, Tarcísio e os bolsonaristas devem apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP).
NA URNA 2
Se o atual prefeito for derrotado por Guilherme Boulos (PSOL-SP), que terá o apoio de Lula, a candidatura do governador de São Paulo à Presidência da República ficaria inviabilizada, analisam os bolsonaristas. E Ratinho Jr. e Zema, caso vitoriosos em seus estados, ganhariam maior fôlego.
ESTRADA
Nesta semana, Jair Bolsonaro deu uma entrevista à coluna em que evitou declarar apoio a um sucessor político. Questionado sobre a possibilidade de lançar sua mulher, Michelle Bolsonaro, à Presidência, ele admitiu que ela poderia concorrer. Mas disse que faltaria “experiência” para exercer o cargo.
TIRO CERTO
Sobre eventual apoio a Tarcísio, Bolsonaro desconversou: “Teria que conversar com ele”. E disse, na sequência, ter “uma bala de prata” para as eleições de 2026.