Nesta terça-feira, 22 de agosto, uma internauta procurou a equipe do Patosonline.com para fazer um desabafo e ao mesmo tempo uma cobrança acerca da falta de transporte direcionado às faculdades públicas na cidade de Patos.
Segundo ela, os alunos se empenharam para obter bons resultados no Enem, com o objetivo de ingressar em faculdades públicas. No entanto, ao serem aceitos, muitos deles se deparam com a falta de opções de transporte público adequado que os ajudaria a frequentar as aulas regularmente, uma vez que as condições financeiras não são suficientes para pagar o transporte diáriamente.
Em seu relato, ela disse que como os estudantes não têm a opção do transporte público em Patos e com essa questão financeira pesando, muito deles buscam alternativas ao utilizarem os ônibus já superlotados de outros municípios. No entanto, isso não apenas torna a jornada cansativa, mas também impacta a rotina dos outros estudantes, uma vez que os veículos já estão cheios antes mesmo de chegarem a Patos para buscar os alunos locais.
A ausência de um sistema de transporte público direcionado às faculdades públicas tem gerado indignação entre a comunidade estudantil e seus familiares. A internauta citou, inclusive, que muitos deles já desistiram do sonho acadêmico devido a essa situação.
Veja abaixo o relato:
“Os alunos de Patos que estudam nas universidades públicas, que se esforçaram e passaram no Enem, estão tendo dificuldade para ir, porque não tem transporte público e eles não têm condições de pagar para ir, muitos já desistiram dos seus sonhos. Eles estavam indo para a faculdade nos ônibus das outras cidades. Mas os alunos de lá já estão reclamando, porque está muito cheio e eles ainda tem que pegar os alunos de Patos. Isso é uma vergonha grande para Patos, uma cidade tão grande e não tem transporte público para faculdade, mas tem para as escolas públicas. É uma vergonha que dizer que os jovens só servem no tempo das eleições”, desabafou.
Comentário nosso
Muito justa a reivindicação do internauta. Mas o benefício é reivindicado também por alunos não universitários, como é o caso dos que frequentam as escolas profissionalizantes estadual e federal. Todos têm que se deslocar por longas distâncias uma vez praticamente todas aquelas escolas ficam fora do centro da cidade, obrigando o seus frequentadores a se deslocarem a uma grande distância. Sem transporte público eles têm que pagar transporte. Quem for de moto-taxi, por exemplo, gasta no mínimo 300 reais por mês. (LGLM)