(Jozivan Antero, no Polêmica Patos, em 25/04/2024)
Os animais de estimação estão sendo cada vez mais tratados como se fossem membros das famílias pelo grau de afetividade registrado nos lares brasileiros. Casos de heranças deixados pelos seus donos falecidos, mimos e tratamentos cada vez mais especiais não são mais novidades.
Na manhã desta quinta-feira, dia 25 de abril, o coordenador dos cemitérios, que está vinculado à Secretaria de Serviços Públicos do Município de Patos, recebeu um contato de um plano de assistência familiar para saber da possibilidade de sepultar um cachorro em um jazigo de um cemitério local.
O plano de assistência familiar relatou que a família pediu para tentar intermediar o pedido para que o cachorro de estimação que morreu fosse sepultado no jazigo da família com outros parentes.
Ao consultar a Secretaria de Serviços Públicos do Município de Patos, o plano de assistência familiar foi comunicado da impossibilidade da autorização para o sepultamento do animal no cemitério por questões de legislação, respeito e falta de precedentes para tal.
Várias famílias têm feito opção para enterrar seus animais de estimação em quintais, terrenos baldios ou mesmo em locais escolhidos, porém, o pedido para o sepultamento acontecer em cemitério é inusitado e sem precedentes na cidade de Patos.
Patos já foi destaque nacional após o velório de uma galinha denominada “Rafinha”. A autorização do sepultamento de um cachorro em um dos cemitérios da cidade poderia levar, mais uma vez, a cidade para se tornar chacota no país.
Comentário nosso
Esta situação está para mudar. O Congresso está examinando um projeto com uma série de modificações a serem introduzidas no Código Civil Brasileiro. “Na proposta preliminar, os animais ganharam um capítulo inteiro voltado a estabelecer uma nova relação jurídica com esses seres vivos”. E eu concordo com estas mudanças. O caçula lá de casa é um Lhasa Apso criado com todo o carinho. E vai ser um chororô quando Tou morrer. Eles são capazes de uma comunicação incrível com as pessoas. Um tio meu de saudosa memória dizia que “Cachorro não fala para nao dar recado” E os marchantes antigos do mercado contam que meu sogro, Ataíde Bilu, tinha um cachorro que levava encomendas penduradas no pescoço para casa. (LGLM)