Insegurança na grande Patos

By | 19/12/2024 7:16 am

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(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 19/12//2024.

Homicídios e tentativas de homicídios, assaltos e roubos de motos, brigas de traficantes e de facções, enfeitam o notíciário policial de Patos, um dia sim e outro também. Além dos frequentes casos de violência contra a mulher.

O mais complicado de prevenir é a violência contra a mulher, enquanto a Justiça não começar a prender ao invés de simplesmente imporr medidas protetivas que não garantem a segurança de ninguém.

No caso de homicídios e tentativas temos que reconhecer que a Polícia Civil tem sido exitosa na elucidação de muitos casos, embora a prevenção seja mais difícil. Adquirir uma arma é a coisa mais fácil do mundo, não só para os bandidos. No caso da posse de armas a polícia tem tido um relativo sucesso, depois que instituiram um prêmio em dinheiro para cada arma apreendida. Antes as armas apreendidas apenas trocavam de donos.

Brigas de traficantes e de facções é um problema nacional, mas no interior é mais fácil de combater. Todo mundo sabe onde tem uma boca-de-fumo e quem é o dono. Não se sabe porque elas continuam funcionando. Outro dia sugerimos que a exemplo do que se faz com as armas, o Governo também pagasse um prêmio a quem “destruisse” uma boca-de-fumo. Mas o prêmio deveria ser maior do que o lucro de quem a acoberta. O problema é que o Estado talvez “quebrasse”.

Com relação aos assaltos e roubos de motos, há duas situações. Os crimes cometidos na cidade e os cometidos na zona rural. A presença da Polícia Militar, com viaturas de quatro ou duas rodas circulando pela cidade, principalmente na periferia, talvez desestimulasse os criminosos. Já os crimes na zona rural, que ocorre principalmente ao redor de Patos, em cidades como São José do Bonfim, Quixaba e Santa Terezinha, quase bairros de Patos, talvez fosse o caso de ressuscitar as duplas Cosme e Damião, agora se movendo em motos. E circulando a qualquer hora na zona rural. O que poderia ser feito também na zona urbana.

Na zona rural, os policiais poderiam ir abordando os motoqueiros e motoristas suspeitos e fotografá-los para um álbum de suspeitos que seria exibido para as vitimas de assalto para identificar quem os assaltara. Para facilitar a identificação dos desconhecidos no setor, um dos policiais poderia ser da guarnição daquela cidade, e o outro do reforço recentemente anunciado pelos comandantes da região. Se é que este reforço não foi apenas “conversa para boi dormir”!

Quanto à violência contra a mulher, duas contribuições são impresbem inscindíveis. Uma delas das vítimas e de seus familiares, denunciando todas as violências que acontecerem contra si ou contra seus familiares. Outra da parte da polícia dando seguimento às denúncias recebidas com processos berm instaurados e a Justiça punindo os agressores com medidas mais duras do que as simples medidas protetivas que não punem ninguém. Só processos bem formulados e duras penas podem desestimular os agressores das mulheres, senão cada morte será de exclusiva responsabilidade de quem não puniu eficazmente as agressões.

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Category: Blog Meus escritos

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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