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(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 20/12//2024.
Sempre manifestamos a opinião de que só a rivalidade entre Esporte e Nacional poderia fazer os dois brilharem nos campos de futebol, a exemplo do que acontece em Campina Grande, com Treze e Campinense, pelo Brasil afora, mesmo onde existem vários times grandes como o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre. A rivalidade entre os seus times é que faz brilharem no cenário nacional e internacional. O que seria de Vasco, Flamengo, Botafogo, Fluminense, Corinthians, Santos, São Paulo, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Internacional, e pelo Brasil afora se não fora a rivalidade que os alimenta.
O auge do futebol patoense foi justamente quando os nossos dois times disputaram juntos o campeonato paraibano. E até que enfim vamos ter de volta esta oportunidade.
Antes o futebol era sustentado ou apoiado por grandes desportistas como Inocêncio Oliveira, Zéu Palmeira, Tinim Palmeira, Dr. Amaury Silva, Dr. Romero Nóbrega e tantos outros que sustentavam o nosso futebol. Nomes como Monsenhor Vieira que chegou a empregar meio time do Nacional no Colégio Estadual, e Bastinho que foi jogador, presidente do clube, treinador, e, em cuja casa alimentava e cuidava da roupa dos atletas. Não vou alinhar todos pois não caberia neste espaço. Aqui tivemos jogadores da melhor categoria, que chegaram até o exterior, como Araponga, além de muitos terem começado aqui e jogado em vários dos melhores clubes do Nordeste. Para esses é que faltaria espaço.
Esse grande futebol pode estar voltando desde que não só Patos como toda a região, voltemos a apoiar com força total o nosso futebol. Não façamos como os empresários que pensam que estão ajudando um profissional de imprensa quando patrocinam o seu programa. Apoiar o futebol ou fazer propaganda é um investimento que traz os maiores retornos. Ao incentivar o futebol, prefeitura, comércio e torcedor em geral estão investindo numa publicidade das mais eficientes.
Como dissemos acima, Monsenhor Vieria apoiava o Nacional contratando seus jogadores. Mas eles trabalhavam efetivamente. Ribamar e Bastinho foram professores, Teixeirinha e Petrônio auxiliares de disciplina, só para citar alguns nomes. Havia também o caso de empresas que contratavam empregados entre os jogadores e que os liberavam na hora nos treinamentos e nas viagens para jogar fora e isto acontecia tanto no Esporte como no Nacional.
Esta seria uma ideia interessante para hoje. Nós temos inúmeras empresas e cada uma delas poderia “adotar” um ou dois jogadores dos dois clubes, garantindo uma ajuda mensal para reforçar os seus salários. E eles podiam até ostentar nas camisetas o nome dos seus patrocinadores individuais, como ostentam os nomes dos patrocinadores oficiais dos clubes. Outra forma de apoio é as empresas maiores patrocinarem os clubes como fazem as grandes empresas pelo Brasil afora com os jogadores dos grandes clubes. É uma divulgação importantíssima que vai ser exibida pelo país afora pela televisão e pelas diversas mídias que cobrem o futebol.
Quanto mais a cidade, da prefeitura até o mais humilde cidadão, apoiar os nossos dois clubes, mais eles brilharão e mais divulgarão a nossa cidade, o seu comércio, as suas universidades, os seus profissionais, suas clínicas e assim por diante. Apoiar o futebol é um investimento dos que mais trazem retorno para uma cidade.
A ajuda do cidadão comum pode ser dada como torcedor contribuinte e com a frequência aos estádios em todos os jogos possíveis.