Publicado em 21/09/2014 às 06:00h, no Jornal da Paraíba
(Marcos Tavares, na coluna Pão & Circo)
Dilma, nossa deselegante presidente, se esforça para manter e dar ao seu partido uma imagem de vestal. Para Dilma, corrução tem de ser punida com a cadeia e ela esbraveja que em seu governo tudo foi vasculhado e punido. Foi não, Presidente. Se os líderes do seu partido estão quase todos na cadeia, isso não teve origem no seu governo e era impensável que a presidente de uma nação fosse contrariar uma decisão do STF que mandou para as grades a cúpula petista. Desde então escândalos tem espocado – e não poucos – manchando a imagem do partido e do governo e não se vê uma ação forte além da tradicional negativa de “eu não sabia” inaugurada por Lula e usada em demasia por Dilma, principalmente na questão da Petrobras.
Dilma quer separar a candidata da presidente, mas elas estão umbilicalmente ligadas. A mesma candidata que promete benefícios se reeleita foi quem afundou nossa economia, quem deixou subir a inflação, quem mantém os juros em patamares proibitivos. A mesma candidata que acusa Marina de ser porta-voz dos banqueiros foi quem fez o setor de bancos ganhar mais dinheiro que já haviam acumulado em toda sua história. Tanto que mesmo a candidata Dilma liderando as pesquisas, a presidente Dilma cai na avaliação popular e já beirou números bem expressivos do descontentamento do brasileiro com sua gestão.
A campanha só aumentou em mentiras quando Marina ameaçou a posição de Dilma. O PT, capitaneado por Lula resolveu entrar na era do vale-tudo. Valia qualquer coisa para desacreditar Marina, que realmente começou a cair e nessa enxurrada de inverdades a candidata Dilma esqueceu que era também presidente e bateu rijo na sua adversária, mesmo que muitas vezes tendo de apelar para a inverdade. Com a máquina de divulgação na mão, com o bolsa família asfaltando sua campanha e com um absoluto desprezo pela verdade, Dilma deteve o crescimento de Marina e assumiu outra vez a liderança da corrida, o que nos aponta com mais quatro anos dela no comando e mais oito de Lula em sua substituição. Se o país aguentar até lá.