(Jozivan Antero, no Patos Online)
A polêmica em torno do pouco número de vagas ofertadas no concurso público para preenchimento de cargos na Prefeitura Municipal de Patos está unindo outra categoria profissional. Agora, os professores do ensino infantil e fundamental querem que o prefeito interino Bonifácio Rocha (PPS) reveja o edital e amplie o chamamento para a educação do município.
Na manhã desta terça-feira, dia 22, um grupo de professoras que realizaram o concurso público 2018, que ofereceu 7 vagas para os quadros de professores do ensino infantil e 10 para o fundamental, estiveram reunidos para analisar e discutir a problemática. Os docentes alegam que existem 59 contratados para o ensino fundamental e 50 contratados para o infantil para prestar o serviço junto as escolas e creches do Município de Patos, porém, o concurso ofereceu um número de vagas irreal diante da necessidade.
Os educadores relatam que realizaram uma pesquisa junto ao SAGRES, através do portal do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE/PB). No sistema constam mais de 100 professores contratados e a pergunta é: Por que o município ofereceu pouco mais de 15 vagas no concurso 2018 diante da necessidade muito superior?
A professora Melina Pereira, que está entre os professores que realizaram o concurso, disse que espera que o prefeito interino Bonifácio Rocha possa ter uma posição em relação a disparidade e tome uma medida para fazer justiça e moralizar o serviço público diante do quadro de contratados.
Nesta terça-feira, dia 22, houve uma vitória dos concurseiros mediante a luta para ampliação das vagas da Guarda Municipal de Patos. O concurso ofereceu apenas 1 vaga para a guarda, porém, o prefeito Bonifácio se comprometeu em chamar 30 da lista de classificação do concurso para o treinamento. Essa atitude encheu de esperança os cidadãos que estão mobilizados para que aconteça a concretização do fortalecimento da Guarda Municipal que atualmente é a menor do Estado da Paraíba, tendo 7 funcionários em exercício do cargo.
Comentário do programa – O funcionário público ao final do mês quer receber o seu salário. E quer receber em dia. Para cumprir o seu compromisso com os servidores, a administração municipal tem que ter responsabilidade nos seus atos. Um professor, em início de carreira custa uns três mil reais por mês ao município, dez professores custam trinta mil reais. Então, por mais que queira ampliar o número de servidores, o prefeito é limitado pelas condições financeiras do município. Não adianta inchar a folha sem ter condições de pagá-la no final do mês. Além disso, existe um plano de cargos e salários aprovado por lei que visa atender as necessidades do município, sem perder de vista as condições financeiras. O número de funcionários pode até ser ampliado até o número ideal, mas o prefeito só pode nomear dentro das condições financeiras do município, senão incorre na Lei de Responsabilidade Fiscal. Existe um tal de cadastro de reserva que cria expectativa de nomeação, mas nenhum executivo que tenha juízo vai aumentar a folha sem ter condições de pagar. Termina o concurso perdendo a validade sem que as nomeações sejam feitas. Tem gente estimulando as mobilizações dos concurseiros sem levar em conta os aspectos da realidade administrativa do município. São adeptos do quanto pior melhor, querendo criar problemas para a administração. (LGLM)