MPF se reúne com representantes do Dnocs, Aesa e Secretaria de Recursos Hídricos para discutir planos de segurança de barragens e de emergência (com comentário nosso)

By | 10/02/2019 7:36 am

 

Assessoria 

Representantes do Ministério Público Federal (MPF) se reuniram nesta terça-feira (5) com integrantes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (SEIRHMA), para discutir planos de segurança de barragens e de emergência.

 

De acordo com a Informação Técnica 04/2019, elaborada por engenheiro civil do MPF, Poções e Camalaú, açudes localizados na atribuição do MPF em Monteiro (PB), que recebem águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf – eixo leste), possuem dano potencial associado alto. Ou seja, em eventual rompimento, ambos causariam danos à comunidade e ao meio ambiente.

 

Segundo acordo judicial, o Dnocs deveria ter apresentado os planos de Poções até 31/12/2018; já a SEIRHMA os de Camalaú, no mesmo prazo. De acordo com o Dnocs, os planos não foram entregues por falta de recursos financeiros. A Secretaria de Recursos Hídricos informou que o processo licitatório foi concluído em setembro de 2018 e que já há empresa contratada para entregar os planos em até 120 dias. A Aesa esclareceu que elaborou relatório de segurança de Camalaú.

 

“O MPF se reuniu com os órgãos para ouvir as razões da não apresentação dos planos de segurança e de emergência, que deveriam ter sido apresentados até 31 de dezembro de 2018. O Ministério Público alertou que questões meramente financeiras e/ou falta de planejamento não podem ser utilizados como escudo para não adoção de providências, no sentido de minimizar riscos à coletividade”, declarou a procuradora do MPF presente na reunião.

 

Ainda segundo a representante do Ministério Público Federal, já em 2015 o Tribunal de Contas da União (TCU) alertava sobre a necessidade da elaboração dos planos. “O MPF recomendou exaustivamente acerca da necessidade de se cumprir as diretrizes da Política Nacional de Segurança de Barragens, especialmente porque os açudes Poções e Camalaú foram construídos no século passado. Nesse cenário, em caso de desastre, não poderá ser caracterizado como um fato natural e imprevisível, já que o dano é iminente”, acrescentou.

 

Participaram do encontro desta terça, na sede do MPF em João Pessoa, a procuradora do MPF em Monteiro, Janaina Andrade; o engenheiro civil do MPF na Paraíba, Marcelo Pessoa; a secretária-executiva de Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente da Paraíba, Virgiane da Silva Melo; o diretor-presidente da Aesa, Porfírio Catão Cartaxo Loureiro; e Alberto Gomes, coordenador estadual do Dnocs na Paraíba.

 

Açude São Gonçalo – Durante reunião realizada nesta segunda-feira (4), na sede da Procuradoria-Geral de Justiça – Ministério Público da Paraíba (MPPB), com participação de representantes do MPF, MPPB, Dnocs e a empresa PB Construções, ficou acordado que as obras de fechamento do dique do açude São Gonçalo, em Sousa (PB), devem ser concluídas até o próximo dia 26 de fevereiro. A concretagem da base do dique da barragem, no entanto, será finalizada até a próxima sexta-feira (8). Os serviços na ensecadeira provisória (dique de barramento), feita para que as obras complementares do eixo norte do Pisf naquele açude sejam concluídas, devem atenuar o risco iminente de rompimento da barragem, em caso de chuvas volumosas na região.

 

Assim como nos casos de Poções e Camalaú, ainda não foram apresentados os planos de segurança de barragens e de emergência do São Gonçalo. O açude Boqueirão, que fica na região de Campina Grande (PB) e também integra o Pisf, também não possui os planos exigidos por lei.

 

Atraso em repasse de recursos – Ainda na reunião de segunda-feira, foi discutido o atraso no repasse dos recursos pelo Governo Federal, o que está dificultando o andamento das obras em Poções e São Gonçalo. As obras no açude de Sousa, por exemplo, deveriam ter sido concluídas em 16 meses e a construção já se arrasta por 22 meses. Foi concluído 43,8% do serviço, sendo que só foi pago, efetivamente, 24% do valor devido à PB Construções.

 

Comentário do programa – Alguém tomou conhecimento de notícias sobre providências com relação à Barragem da Farinha e a Barragem de Capoeiras, cujas condições físicas são também motivo de preocupação? Que lideranças nossas se mobilizaram cobrando providências com relação a estes dois mananciais, cuja segurança preocupa a todos nós patoenses? Perguntou porque, morando fora, não ouvi falar em providências encaminhadas, apesar de estar atento sempre ao noticiário local e às redes sociais. (LGLM)

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Category: Estaduais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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