João Azevêdo exonerou o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Waldson de Souza, e o procurador-geral Gilberto Carneiro
(Portal Correio)
O governador João Azevêdo (PSB) negou, nesta quinta-feira (2), que as exonerações e mudanças no primeiro escalão do Governo do Estado sejam o reflexo de um possível afastamento dele com o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) de quem é aliado de primeiro ordem há anos.
“Não existe isso, não. A mudança dentro da estrutura do governo isso acontece e vai continuar acontecendo. Nós estamos tratando de reordenar a equipe de governo, vamos continuar fazendo isso e quando for necessário tomar providências tomarei sempre que necessário”, rebateu com tom de irritação ao ser questionado sobre o relacionamento dele com Ricardo.
Na terça-feira (30), João Azevêdo exonerou o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Waldson de Souza, e o procurador-geral Gilberto Carneiro. Ambos são apontados pelo Ministério Público da Paraíba como possíveis envolvidos em uma organização criminosa que desviava dinheiro da saúde pública e pagava propina.
Além da demissão dos dois, João promoveu diversas mudanças em cargos considerados estratégicos na estrutura administrativa e o que chamou atenção é que as alterações aconteceram em funções até então ocupadas por pessoas ligadas ao ex-governador Ricardo Coutinho.
Comentário do programa – Não acreditamos que haja pretensão de um afastamento de João Azevedo com relação a Ricardo Coutinho, mas acreditamos que o afastamento de alguns quadros ligados a Ricardo tenha como motivo as implicações de algumas destas pessoas na Operação Calvário. Segundo se comenta, dois dias antes das exonerações teria havido uma reunião dos representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com participação também do Ministério Público Estadual, na chamada Comissão Interpoderes. E que na ocasião teriam sido discutidos detalhes dos fatos apurados na Operação Calvário, de onde teria saído a sugestão de afastar da equipe do governador, algumas figuras com possível envolvimento na operação. Neste sábado foi divulgada a notícia de que a esposa de Ricardo Coutinho, Amanda Rodrigues, teria pedido exoneração da Secretaria de Finanças. (LGLM)