Folha de R$ 10.000.000,00: O Secretário de Finanças abriu o jogo com a imprensa nesta quinta (02)
O não pagamento de parte dos funcionários efetivos da Prefeitura de Patos nesse início de mês expõe uma situação que muitos suspeitavam, a saúde financeira da Prefeitura Municipal está em frangalhos.
Essa hipótese foi confirmada pelo Secretário de Finanças da Prefeitura da maior cidade do Sertão, Arnon Medeiros, ao repórter da Rádio Espinharas, Higo de Figueiredo.
O Secretário disse que só a Folha de Pagamento dos Servidores ultrapassa a casa dos R$10.000.000,00 (Dez milhões de reais), e com a queda no faturamento nesse mês de março de 2019, servidores efetivos das secretarias da saúde e da educação ficam sem receber seus salários no final do mês.
O secretário se mostrou extremamente preocupado com a situação financeira da máquina pública municipal.
Comentário do programa – Bonifácio já encontrou uma situação complicada quando assumiu o cargo. Dinaldinho tinha assumido o compromisso de pagar o funcionalismo dentro do mês trabalhado, mas para cumpri-lo vinha fazendo manobras as mais diversas, deixando de pagar outros compromissos, às vezes até obrigatórios, para continuar com o salário em dia. Bonifácio fez sérias reduções de despesas, reduzindo a folha de pagamento, os contratos de iluminação pública, de varrição e coleta de lixo, de locação de carros, de terceirização de mão-de-obra, de compras para a saúde e educação, mas mesmo assim continuava com dificuldades de “tocar o barco”. Isto e outros motivos sabidos por muitos embora não divulgados por ele, o levaram à renúncia. Sales recebeu o “abacaxi”, mas os problemas continuaram, agravados agora com a redução de 30% na arrecadação. Ou seja, a receita diminuiu, mas as despesas continuam praticamente as mesmas. Resta a Sales e a todos nós aguardar os acontecimentos. A receita pode até reagir, mas as despesas precisam ser reduzidas, sob pena de a Prefeitura de Patos ser tornar inadministrável. Vereadores e funcionários têm que conter as suas reivindicações sob pena de irmos todos “para o beleléu”. Diante da crise, o sindicato cobra vinte e dois benefícios, quando até os salários atuais podem ficar impagáveis. Vereadores reclamam de público ou no privado porque indicados seus não foram mantidos ou nomeados. Ou todo mundo se compenetra das dificuldades ou não sabemos onde a cidade de Patos vai parar. E aí, talvez novos boatos de renúncia se tornem realidade, a menos que atestados médicos justifiquem um afastamento por motivo de doença. (LGLM)