Tumulto  na  reunião  na Câmara de Vereadores impediu votação de projeto de remanejamento

By | 04/09/2019 2:47 pm

(Publicado  no Patos Online)

 

Comentário de um cidadão que acompanhava a sessão da Câmara nesta terça-feira, 03/09: “Os  vereadores que não tem conseguido “mamar” se juntaram aos vereadores que temem ser “desmamados” para tentar pressionar o prefeito Ivanes e estão votando  contra o projeto de remanejamento”.

Este comentário foi colhido depois que a sessão foi suspensa e depois encerrada, por conta de um tumulto provocado pelos vereadores que eram contra a aprovação da matéria.

Durante a sessão vários vereadores se manifestaram contra e a favor do projeto. Os vereadores Góia e Gordo da Sucata anunciaram que haviam apresentado uma emenda em que propunham uma alteração retirando a palavra “anterioridade” da redação do projeto.

A vereadora Lucinha anunciou que tinha votado na Comissão de Constituição e Justiça sugerindo o arquivamento do projeto, com o que não concordaram Fátinha Bocão e Capitão Hugo, que opinavam pela admissibilidade do projeto, mas se manifestavam favoráveis à aprovação da emenda de Góia e Gordo  da Sucata. A maioria de 2 a 1, na CCJ, fez com que o projeto fosse colocado em pauta.

Ao  se iniciar a votação da matéria, o vereador Góia, sentindo o clima contrário a aprovação da sua emenda, pediu que ela fosse retirada de pauta. Depois de encerrada a sessão garantiu aos colegas de imprensa que a reapresentará na próxima sessão.

Continuando as discussões, os vereadores Suélio Caetano e Ramon Pantera apresentaram dois pedidos de vistas ao projeto, o que adiaria a sua tramitação para a próxima quinta-feira. A presidente da Câmara, Tide Paulino, embora pudesse decidir sobre o pedido de vistas, preferiu submeter o pedido de vistas à votação do plenário.

O resultado da votação revelou um clima favorável à aprovação do projeto, uma vez que o pedido de vistas foi derrotado por oito votos a sete, com abstenção do vereador Toinho Nascimento. Votaram a favor do pedido de vistas, ou seja contra a votação do projeto naquele dia, os vereadores: Góia, Gordo da Sucata, Suélio Caetano, Ramon Pantera, Lucinha, Capitão Hugo e Fatinha Bocão. Votaram contra o adiamento da votação através da concessão de vistas, os vereadores Raniere, Nadir, Sales Júnior, Cambirota, Paulinho, Diogo, Dito e Ferré.

Segundo observadores, o voto de Toinho Nascimento foi primordial para o resultado. Se ele votasse contra o pedido de vistas haveria o empate e o voto de Tide, obrigada no caso de empate a se manifestar, podia ser favorável à concessão de vistas e consequente adiamento da votação.

Diante da iminência de uma derrota, os vereadores contrários à aprovação do projeto iniciaram um tumulto, não se sabe comandado por quem, que obrigou a presidente da Câmara Tide Paulino, a suspender a cessão por cinco minutos. Os vereadores contrários ao projeto aproveitaram para se retirar do plenário, o que comprometeria o quórum para votação do projeto. Com isso, Tide aproveitou para encerrar a sessão. A matéria deve voltar para discussão na próxima sessão. Com isso, segundo os observadores, os vereadores contrários à aprovação da matéria ganharam dois dias a mais na sua tentativa de atrapalhar a administração.

Da série de iniciativas para dificultar a aprovação da matéria que é de interesse da administração municipal, além da tentativa de Lucinha de impedir a tramitação com seu voto contrário, da emenda modificativa proposta pela dupla Góia/Gordo e do pedido de vistas de Suélio Caetano e Ramon Pantera, se conclui o interesse desses vereadores e outros que a eles se juntarem, em criar problemas para a administração do Dr. Ivanes Lacerda. Eles têm lá suas razões para isso. Talvez o medo de “desmame” ou o de continuar sem mamar seja um deles.

Com relação ao pedido de vistas, vale perguntar: “Se os senhores vereadores conhecem o texto do projeto há mais de quarenta dias, período entre a data que a Presidência diz que encaminhou uma cópia para cada um deles e a discussão atual, e ainda precisam pedir vistas para se aconselhar sobre o projeto, ou são muitos ruins de leitura ou não entenderam “patavinas” do que leram”.

E se não queriam atrapalhar a administração, por que os vereadores contrários à aprovação da matéria não consignaram seu voto contrário, pedindo que constasse da ata, e não deixaram que os demais aprovassem a matéria? Se por acaso fossem depois acusados de improbidade administrativa pelo fato de a Câmara ter aprovado  o projeto, estariam documentados com a ata da sessão para se defender.

Este segundo episódio, aumenta aquela impressão, ouvida da população, e objeto de comentários nossos a semana passada, de que uma parte dos vereadores tomou a si a tarefa de entravar a administração municipal. Ainda bem que estes vereadores contrários à administração parecem que são minoria. Aqui dou (graças a Deus), a mão à palmatória. Não é a Câmara, mas apenas uma parte dela. Que esperamos continue minoria. Afinal, a parte contrária à administração vestiu a “carapuça” nos vários episódios da sessão desta terça-feira, 03/09.

 

 

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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