(UMA POR DIA… *Mísael Nóbrega de Sousa, (22/04/2021)
Um dos maiores gargalos da administração pública reside nas obras inacabadas. E 99% da culpa de a grande maioria delas estarem inconclusas é do próprio governo.
Porém, destaco a troca de governantes como o principal agravante.
Uma transição bem feita é indispensável para que a gestão não sofra solução de continuidade.
E isso depende muito de vontade política.
Além do prejuízo financeiro empregado em estruturas que permanecem por muito tempo sem execução, há o desgaste moral de ver aquele equipamento se tornar um elefante branco.
Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU) existem cerca de 14 mil obras inconclusas em todo o país e seria preciso desembolsar perto de R$ 40 bilhões pelos governos federal, estadual e municipal para que fossem concluídas.
Algumas delas estão aqui bem debaixo do nosso nariz, abandonadas por inoperância administrativa.
Nos cem primeiros dias de gestão do prefeito de Patos, o município perdeu 30 milhões em recurso de CONVÊNIOS e CONTRATOS DE REPASSE. Quem assume o bônus, assume também o ônus.
“Só para citar o contrato de número 1039974-56/2017 assinado em 19 de outubro de 2017, que tinha como finalidade a construção da praça da juventude próximo à estação ferroviária, foi feito o distrato e, posteriormente, devolvido o recurso no montante de R$ 880.257,51 pelo fato do município não ter a titularidade do local, pois diante da instabilidade política e administrativa, nenhum dos quatro gestores antecessores, conseguiram viabilizar e dar continuidade a obra, o que fez os recursos se tornarem insuficientes para o projeto, dessa forma o deixando inexequível”.
O pão nosso de cada dia é cada vez mais negativo: obras inacabadas e dinheiro que retorna para a União por perder o objeto.
E nada parece nos indignar. O pior cego é mesmo aquele que não quer ver.